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Kerry diz que EUA terão de negociar com Assad sobre Síria

Secretário de Estado americano afirmou em entrevista que existência do Estado Islâmico com inimigo comum suavizou posição do Ocidente em relação ao ditador

Por Da Redação
15 mar 2015, 13h57

Os Estados Unidos terão de negociar com o ditador sírio Bashar Assad para uma transição política na Síria e estão explorando caminhos para pressioná-lo a concordar com o diálogo, disse neste domingo o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em entrevista à rede de TV CBS. Washington tem há muito insistido que Assad deve ser substituído via uma transição política negociada, mas o fortalecimento de um inimigo comum, o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), parece ter suavizado a posição do Ocidente em relação a Assad.

Em entrevista transmitida neste domingo, Kerry não repetiu o discurso padrão dos EUA de que Assad perdeu legitimidade e deve deixar o poder. A guerra civil na Síria está agora no seu quinto ano, com centenas de milhares mortos e milhões de sírios que tiveram de deixar as suas casas. “Temos que negociar no fim”, afirmou Kerry. “Sempre estivemos dispostos a negociar no contexto do processo de Genebra 1”, acrescentou, se referindo a conferência de 2012 que fez um chamado por uma transição negociada para terminar com o conflito.

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Kerry declarou que os EUA e outros países, que ele não mencionou por nome, estavam explorando caminhos para retomar o processo diplomático para terminar com o conflito na Síria. “Estamos trabalhando para fazer com que ele [Assad] venha e faça isso, o que pode exigir mais pressão sobre ele, de vários tipos, para alcançar isso”, disse o secretário de Estado. “Estamos deixando muito claro para as pessoas que nós estamos examinando passos que podem ajudar a resultar nessa pressão”, acrescentou.

Os EUA lideraram os esforços para as negociações de paz, apoiada pelas Nações Unidas, em Genebra no ano passado entre a oposição síria referendada pelo Ocidente e representantes do governo. O diálogo fracassou depois de duas rodadas de conversas, e outras negociações não foram agendadas. A Rússia reuniu figuras da oposição e do governo em janeiro para um diálogo sobre a crise, mas as conversas não tiveram maiores progressos, e a principal coalizão de oposição boicotou a iniciativa. “Para fazer o regime de Assad negociar, nós teremos que deixar claro para ele que há uma determinação de todos para buscar essa solução política, e mudar os seus cálculos sobre negociações”, disse Kerry.

(Da redação)

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