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Kerry é cauteloso em falar sobre acordo com Irã

Secretário de Estado americano chegou nesta sexta a Genebra para participar de negociações sobre programa nuclear

Por Da Redação
8 nov 2013, 18h01

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, adotou uma postura cautelosa ao falar das negociações com sobre o programa nuclear iraniano, que ocorrem em Genebra, na Suíça, com a participação de representantes da república islâmica e de representantes dos membros permanentes de Conselho de Segurança da ONU (França, EUA, China, Rússia e Grã-Bretanha) e da Alemanha.

“Eu quero enfatizar: ainda não há acordo neste momento. Acho que ninguém deva se enganar, pois há algumas lacunas importantes que precisam ser fechadas”, disse o secretário Kerry nesta tarde. Ainda assim, segundo avaliou o jornal The New York Times, a mera presença de Kerry nas conversas, que inicialmente não estava prevista, sugere que um acordo pode estar próximo, e que as autoridades americanas avaliaram que era necessária a participação de alguém do alto escalão. Para participar das negociações, Kerry adiou visitas à Argélia e a Marrocos.

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Também nesta sexta-feira, o Irã reforçou em Genebra que quer os países do Ocidente considerem o alívio de sanções bancárias e do setor de petróleo durante a primeira fase de qualquer acordo nuclear que possa ser alcançado. “Nós anunciamos ao Ocidente que na primeira fase a questão dos bancos e as sanções de petróleo devem ser consideradas”, afirmou Majid Takht-Ravanchi, membro da equipe de negociação do Irã em Genebra, segundo a agência de notícias iraniana Mehr.

A possibilidade de que um acordo possa estar próximo irritou o governo israelense, que desconfia das intenções iranianas. “É um negócio muito ruim. Israel não é obrigado a aceitar este acordo e fará tudo que for necessário para se defender e defender a segurança de seu povo”, afirmou o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu à imprensa nesta sexta-feira. Imediatamente, seus aliados americanos tentaram minimizar o assunto. “Não há acordo. Qualquer crítica é prematura”, disse o porta-voz adjunto da Casa Branca, Josh Earnest. A chance de um eventual acordo ser anunciado foi reforçada nesta sexta-feira após a Rússia anunciar que Sergei Lavrov, seu ministro das Relações Exteriores, também deve ir a Genebra para participar das conversas.

Essa informação foi implicitamente confirmada pelo vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, que lidera a delegação russa em Genebra. “Há muitas questões que afetam os interesses fundamentais dos vários países. É por isso que o nível (das negociações) é ministerial”, declarou. “Amanhã (sábado), esperamos alcançar resultados de longo prazo”, disse o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, que já está em Genebra.

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A possibilidade de um acordo também foi reforçada com o anúncio nesta sexta-feira de que o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica das Nações Unidas (AIEA), Yukiya Amano, vai participar de conversas com autoridades iranianas em Teerã na segunda-feira. Esta deve ser a primeira visita de Amano ao Irã desde maio de 2012, quando ele participou de uma reunião sem resultados práticos com os responsáveis pelo programa atômico iraniano.

Histórico – Na primeira rodada de negociações em Genebra, ocorrida em outubro, o chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif afirmou que as conversas foram “extensas e frutíferas”. Catherine Ashton acrescentou que os representantes internacionais estão analisando uma proposta do Irã, mas reforçou que os outros detalhes do encontro serão mantidos em sigilo. Além disso, os negociadores do grupo 5+1 reiteraram que não tiveram tempo para debater todos os pontos referentes ao programa nuclear iraniano e às sanções impostas ao país.

O único ponto da proposta iraniana que se tornou público foi a indicação de que Teerã poderia permitir visitas sem aviso prévio dos inspetores das Nações Unidas nas instalações nucleares do país. A sinalização foi considerada positiva pelo grupo 5+1.

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