Jovem indiana mata o pai por abuso sexual
Kulvinder Kaur, de 23 anos, sofria constantes abusos há três anos
Ajudada por dois amigos, uma jovem matou seu pai após sofrer constantes abusos sexuais. Os jovens foram presos em Nova Délhi, informa nesta terça-feira a imprensa local. O crime ocorreu na semana passada, mas a informação não foi divulgada até a última prisão ser realizada nesta segunda, reporta o jornal local Hindustan Times, citando informações da polícia.
A jovem Kulvinder Kaur, de 23 anos, e dois amigos foram acusados de matar o pai da moça com golpes de um taco de críquete quando ele dormia em sua casa na capital indiana. O motivo do crime foram os frequentes abusos sexuais aos quais o homem submetia a jovem desde a morte da sua mãe, há três anos. Aparentemente, a moça deixou a porta de sua casa aberta no último dia 30 para que os dois amigos pudessem entrar sem fazer barulho e matar seu pai.
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Para garantir que o homem, Daljeet Singh, um taxista de 56 anos, estava morto, uma janela foi quebrada e, com um caco de vidro, extraíram de seu peito o marca-passo, relatou um oficial de polícia. O corpo do homem foi transportado em um carro e abandonado em uma área arborizada da cidade, em Uttam Nagar, a alguns quilômetros de sua casa, onde foi descoberto no dia seguinte e a polícia divulgou fotografias para que fosse identificado. Alguns familiares reconheceram o homem e a polícia foi até sua residência. Durante um interrogatório, Kulvinder confessou e seus cúmplices foram identificados como Prince Sandhu, um tatuador de 22 anos, que foi detido no último sábado, e Ashok Sharma, de 23, que trabalha em uma loja de roupas e foi preso ontem.
Os frequentes casos de estupros contra mulheres e crianças deixaram a comunidade internacional consternada com a situação na Índia. Diante da ineficiência das autoridades em coibir os abusos, a política indiana Asha Mirge, membro da Comissão pelos Direitos da Mulher no estado de Maharashtra, relacionou os estupros ao “comportamento das mulheres“. Mesmo criticado por organizações defensoras direitos humanos e das mulheres, o discurso encontrou suporte nas vozes de outras autoridades e personalidades indianas. Um exemplo foi o popular guru Asaram Bapu, que chegou a dizer que uma das vítimas abusadas veio a falecer porque, ao invés de resistir, “deveria ter rezado a Deus e pedido aos agressores que a deixassem em paz”.
(Com agência EFE)