Israel diz que regime sírio usou armas químicas em ataque
Ministro israelense ratifica versão da oposição de que forças leais ao ditador Bashar Assad usaram gases tóxicos nesta quarta na periferia de Damasco
Por Da Redação
22 ago 2013, 06h45
O ministro de Assuntos Estratégicos e Inteligência de Israel, Yuval Steinitz, assegurou nesta quinta-feira que os serviços secretos de seu país consideram que as forças do regime sírio, comandado pelo ditador Bashar Assad, usaram armas químicas nesta quarta-feira em regiões da periferia de Damasco. Imagens de vítimas do ataque, divulgadas pela oposição a Assad, horrorizaram o mundo e motivaram uma reunião de emergência das Nações Unidas.
Steinitz ressaltou que não foi o primeiro ataque do Exército Sírio a civis ou rebeldes com gases tóxicos. “Segundo as estimativas de nossos serviços de inteligência, armas químicas foram usadas e essa não foi a primeira vez”, assinalou o ministro israelense em entrevista à rádio pública de seu país.
Grupos oposicionistas sírios alegam que pelo menos 1 300 pessoas teriam morridona operação ocorrida nos arredores de Damasco. A denúncia, e os vídeos que supostamente documentam o massacre, motivaram uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU – que mais uma vez acabou sem acordo, desta vez sobre o início das investigações dos inspetores das Nações Unidas que chegaram esta semana ao país.
O ministro israelense criticou a organização por não ter esclarecido o ocorrido – e chamou a falta de ação da ONU de “piada”. Ele também cobrou a atuação da comunidade internacional perante a guerra civil na Síria, na qual mais de 100 000 pessoas já morreram desde março de 2011, segundo dados das Nações Unidas.
“O mundo condena, o mundo investiga e o mundo fala. Mas não foi feito nada prático e significativo nos últimos dois anos para deter esse incessante massacre de Assad aos cidadãos”, criticou Steinitz. Questionado sobre a situação do Exército israelense no Oriente Médio, Steinitz afirmou que a política do país consiste em se manter à margem do conflito, sempre e quando sua segurança não estiver em jogo.
A divisão entre indicados de Lula e Bolsonaro no Copom e entrevista com Alexandre Schwartsman
As bolsa europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta quinta-feira, 9. Agora é oficial: o Copom mudou a rota da política monetária brasileira. O comitê projetava na reunião passada um corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic agora em maio. Não rolou. O Banco Central cortou os juros em 0,25 ponto percentual, para 10,50% ao ano. A decisão já era esperada pelo mercado e escancarou a divisão entre os membros do comitê. Os diretores e o presidente indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro são maioria e votaram por um corte de 0,25 ponto percentual na Selic. Os quatro indicados pelo governo Lula defenderam um corte maior de 0,5 ponto percentual. O comunicado do Copom diz que o cenário externo de mostra mais adverso e exige mais cautela no combate à inflação. O Brasil vai importar 1 milhão de toneladas de arroz por causa da destruição de safras no Rio Grande do Sul. Empresas como GM, Gerdau e Renner tiveram suas operações prejudicadas. O governo anunciou 1,7 bilhão de reais em obras para prevenção de desastres naturais. Diego Gimenes entrevista Alexandre Schwartsman, economista, colunista de VEJA e ex-diretor do Banco Central.
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