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Sarkozy deve concorrer nas eleições de 2017, afirma jornal

Segundo publicação, ex-presidente sente uma 'obrigação moral' de se reeleger

Por Da Redação
3 out 2012, 12h52

O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy, que em maio foi derrotado nas urnas pelo socialista François Hollande, deve concorrer nas eleições presidenciais de 2017, segundo o jornal satírico francês Le Canard Enchaîné. A publicação cita o ex-ministro de Agricultura, Bruno Le Maire, a quem Sarkozy teria confessado que sente “obrigação moral” de tentar ser reeleito presidente, dado o rumo que o país tomou desde que saiu do Palácio do Eliseu. “Visto o desastroso estado no qual a França se arrisca a estar em cinco anos, não terei outra escolha em 2017”, teria afirmado Sarkozy, segundo a publicação.

O ex-presidente conservador, que ficou no cargo entre 2007 e 2012, considera que deve voltar à liderança da França “para não deixar o povo na mão”. A publicação assegura que todos os ex-conselheiros e ex-ministros que o viram ultimamente não têm dúvidas de que Sarkozy, de 57 anos, tem intenção de voltar a concorrer nas urnas, “devido ao rebaixamento da função e do papel da França no cenário internacional”.

As declarações atribuídas a Sarkozy, que antes das eleições presidenciais de maio assegurou que deixaria a política em caso de derrota, são divulgadas enquanto seu partido, a União por um Movimento Popular (UMP), prepara-se para nomear seu próximo secretário-geral. Na disputa pelo cargo estão o atual dirigente do partido, Jean-François Copé, e o ex-primeiro-ministro de Sarkozy, François Fillon. As eleições internas serão realizadas em novembro.

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Novos ares – Até agora, a imprensa francesa tinha assinalado que Sarkozy iniciaria uma carreira de palestrante internacional e tinha recebido proposta da Linklaters para fazer parte de seu grupo de oradores, por isso que o ex-líder da direita francesa estaria fazendo aulas de inglês, segundo o jornal Le Monde. Dias após ser derrotado nas urnas, Sarkozy passou dez dias com sua esposa, Carla Bruni, em Marrakesh, em um palácio que foi emprestado pelo rei Muhammad VII, do Marrocos.

Em junho, o ex-presidente esteve na luxuosa casa do publicitário e amigo Jean-Michel Goudard, em um povoado de Provença. Um mês depois, descansou no palacete do milionário canadense Paul Desmaraix, em Québec. Por fim, em agosto, passou uns dias na vila de Carla Bruni em Cap Negre, na Côte D’Azur. Agora, Sarkozy e sua esposa voltaram a Paris, onde o ex-presidente tem um escritório próximo ao Palácio do Eliseu e de onde segue de perto a atual política ao lado de alguns de seus colaboradores.

Primeira-dama – Enquanto isso, a mulher de Hollande, Valerie Trierweiler, abandonou os planos de relançar a carreira jornalística na televisão. Porém, disse que não vai deixar de ser colunista da revista Paris Match porque quer criar seus filhos sem depender do dinheiro do presidente. Valerie, cuja estreia no papel de parceira presidencial foi marcada pelo ataque político à mulher que teve quatro filhos com Hollande, disse em uma entrevista que lamentava esse equívoco e ainda estava encontrando seu caminho.

Duas vezes divorciada e mãe de três filhos, ela falou ao jornal Ouest France que estava abandonando os planos de trabalhar novamente em um canal de TV que deixou durante a corrida presidencial de maio, em que Hollande foi eleito. “Era um projeto bonito, com um aspecto humanitário, mas eu entendo que ser a parceira do presidente e trabalhar para um canal de televisão pode ser problemático, ou mesmo alimentar suspeita para algumas pessoas”, disse Valerie, de 47 anos, que não é oficialmente casada com Hollande.

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Ela insistiu, no entanto, que não via tanta dificuldade em continuar com uma carreira de 22 anos na imprensa semanal e na revista Paris Match, onde ela cruzou pela primeira vez com Hollande como repórter de política e agora escreve uma coluna de artes. “Eu tenho meus filhos para cuidar e não sei como eu poderia fazer isso sem um salário”, disse. “Meu sentimento é de que manter a independência financeira é também uma forma saudável de manter meus pés no chão.”

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(Com agências EFE e Reuters)

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