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Homem identificado como atirador planejava viagem à Líbia

Informação foi dada por um amigo de Michael Zehaf-Bibeau. Polícia indicou outro possível destino do atirador: a Síria, onde o Estado Islâmico tem invadido territórios

Por Da Redação
23 out 2014, 11h44

(Atualizado às 18h54)

Michael Zehaf-Bibeau, o homem apontado como o responsável pelos ataques em Ottawa, no Canadá, tinha antecedentes criminais desde 2001 e planejava viajar para a Líbia, segundo detalhes divulgados pela imprensa canadense nesta quinta-feira, depois do atentado que deixou um soldado morto e duas pessoas feridas na capital do país. Em seu histórico constam onze registros, incluindo roubo, posse de armas e drogas.

Nascido em 1982 e criado entre Ottawa e Montreal, ele passou algum tempo na Líbia, terra natal do pai, Bulgasem Zehaf, antes de ir morar no oeste do Canadá para trabalhar como mineiro e operário. Seu pai, um imigrante líbio dono de um café em Montreal entre 1994 e 2002, teria ido lutar com os rebeldes na Líbia em 2011.

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Sua mãe, Susan Bibeau, vice-presidente de uma divisão do conselho de imigração e refugiados do Canadá, disse, em entrevista à agência Associated Press, que está chorando pelas vítimas do ataque, e não pelo filho. Em um breve contato por telefone, Susan lamentou não saber o que dizer às pessoas atingidas pelo atentado: “Você tem como explicar uma coisa assim? Sentimos muito”.

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Foto – Uma conta do grupo terrorista Estado Islâmico no Twitter publicou a imagem de um homem armado identificando-o como o atirador de Ottawa, mas nenhuma fonte oficial confirmou a informação. O jornal The Star mostrou a foto para a secretária de imprensa do Novo Partido Democrático, Greta Levy, que estava no Parlamento no momento da invasão e ela disse que o homem na imagem é “exatamente como” o que ela viu entrar no prédio. Testemunhas descreveram o atirador como um homem baixo, de cabelos compridos, um pouco acima do peso, carregando “uma arma muito grande”, e que tinha um lenço ou um cachecol cobrindo o rosto.

Um amigo de Zehaf-Bibeau que o conheceu há três anos em uma mesquita, contou que o suspeito deixou de acompanhar as orações a pedido dos responsáveis pelo local que consideravam seu comportamento “errático”. Em entrevista ao jornal The Globe and Mail, Dave Bathurst disse tê-lo visto pela última vez há seis semanas, em uma mesquita na região de Vancouver, que é o último endereço conhecido do homem que levou o caos à capital canadense ontem.

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Viagem frustrada – No encontro, ele falou que tinha planos de viajar em breve. “Ele queria voltar para a Líbia e estudar”, contou Bathurst, que alertou o amigo para que se concentrasse nos estudos, e não “em outra coisa”. Zehaf-Bibeau insistiu que seu objetivo era apenas aprender sobre o islã e estudar árabe.

Reinaldo Azevedo: Suspeito principal: Estado Islâmico

No entanto, o comissário da polícia montada, Bob Paulson, disse em entrevista coletiva que Bibeau havia solicitado passaporte para deixar o país rumo à Síria, onde os jihadistas do Estado Islâmico têm invadido territórios, espalhando o terror. O pedido não havia sido atendido, o que, na opinião do comissário, teria sido uma motivação para o ataque. “Eu acho que o passaporte figura de maneira predominante em seus motivos. Eu não estou dentro da cabeça dele, mas acho que isso um fator central”.

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Conexões – Bathurst disse ainda que o suspeito conhecia Hasibullah Yusufzai, um morador de Vancouver que foi acusado em julho de viajar para a Síria com a intenção de se juntar a um grupo terrorista. A polícia emitiu um mandado de busca internacional contra Yusufzai, mas ele segue foragido, informou o jornal.

Já os planos de Zehaf-Bibeau de ir para a Líbia foram frustrados pela ação das autoridades para impedir que canadenses viajem para fora do país para se juntar a grupos extremistas. Considerado um “viajante de alto risco”, ele teve o passaporte confiscado.

As autoridades americanas também estão investigando o suspeito e descobriram que ele visitou os Estados Unidos quatro vezes – a viagem mais recente foi em 2013, informou a rede CNN. No entanto, as autoridades não identificaram laços com extremistas no país.

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