Voo MH-17: Holanda inicia investigação por crimes de guerra
Promotor público holandês foi enviado à Ucrânia em busca de informações. Primeiro-ministro, rei e rainha tiveram encontro com parentes das vítimas
Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 09h53 - Publicado em 21 jul 2014, 15h56
Promotores holandeses abriram nesta segunda-feira uma investigação relacionada ao voo MH-17 da Malaysia Airlines sobre suspeita de crimes de guerra, homicídios e abate de um avião de passageiros. A aeronave foi atingida por um míssil na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, na última quinta-feira. Quase 300 pessoas estavam a bordo, a maioria era de holandeses. Um promotor público está na Ucrânia em busca de informações para a investigação.
O país diz estar agindo com base no Direito Criminal Internacional, que permitira o país a processar qualquer indivíduo suspeito de cometer um crime de guerra contra um cidadão holandês. Nesta segunda, o presidente Barack Obama criticou os obstáculos impostos por separatistas pró-Rússia ao trabalho de investigação no local da queda da aeronave e pressionou a Rússia a agir. O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, também cobrou ações do Kremlin. “Está claro que a Rússia precisa usar sua influência sobre os separatistas para melhorar a situação em terra”, disse Rutte ao Parlamento.
“Se nos próximos dias o acesso aos destroços do desastre aéreo permanecer inadequado, então todas as opções políticas, econômicas e financeiras estarão na mesa contra aqueles que direta ou indiretamente são responsáveis por isso”, acrescentou o premiê. As declarações representam uma mudança de postura do governo holandês, que inicialmente evitou culpar diretamente a Rússia. Rutte foi extremamente cauteloso na sexta-feira, ao dizer que ainda não estava convencido de que o avião havia sido abatido por um míssil. “Parece que o MH-17 foi derrubado, mas não temos informações exatas sobre o que causou esse desastre”.
Continua após a publicidade
Se a tragédia atingiu tantas famílias na Holanda – 193 cidadãos do país estavam a bordo do voo MH-17 – o governo também sabe a importância da Rússia para a economia. O país é o segundo maior fornecedor de combustível da Holanda e um dos principais destinos para as exportações. O crescimento da consternação nacional com o desastre contribuiu para a mudança de tom.
Aos parlamentares, Rutte não só urgiu Moscou a colaborar com as investigações, como também prometeu à população que “não faltarão medidas” judiciais contra aqueles que forem confirmados como responsáveis pela queda da aeronave da Malaysia. Nesta segunda, o premiê se encontrou com parentes de algumas das vítimas do desastre aéreo. O rei Willem-Alexander e a rainha Máxima Zorreguieta também estiveram presentes no encontro, no qual foi discutido qual homenagem será prestada aos mortos.
Vídeo: Monarcas holandeses se encontram com parentes das vítimas do voo MH-17
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 2,00/semana*
ou
Impressa + Digital
Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 39,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.