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Forças sírias disparam mísseis Scud contra rebeldes

Informação foi dada por autoridade americana e por fonte da Otan. Alvos seriam áreas controladas pelo Exército Livre da Síria, principal grupo opositor

Por Da Redação
12 dez 2012, 22h02

Forças leais ao presidente da Síria, Bashar Assad, dispararam mísseis Scud contra rebeldes, disse um alto funcionário do governo norte-americano nesta quarta-feira. Autoridades dos Estados Unidos dizem desconhecer casos anteriores de uso dos Scuds contra insurgentes, o que indica uma escalada no conflito iniciado há 20 meses e que já causou mais de 40.000 mortes.

Uma autoridade americana citada pelo jornal The New York Times, mas não identificada, disse que os mísseis foram disparados a partir de Damasco contra alvos no norte da Síria. As áreas atingidas são as controladas pelo Exército Livre da Síria, o principal grupo armado opositor. Não há informações sobre os danos que os mísseis teriam causado.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, não quis comentar a informação, dizendo que não pode discutir questões de inteligência. “Se for verdade, essa seria o último ato de desespero de um governo que tem mostrado total desprezo pela vida de inocentes”, avaliou.

Em Bruxelas, um funcionário da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) também afirmou que mísseis balísticos de curto alcance foram disparados nesta semana dentro do território sírio. “A inteligência aliada e equipes de vigilância e reconhecimento detectaram o lançamento de vários mísseis balísticos não guiados de curto alcance nesta semana dentro da Síria”, disse a fonte da Otan, também sob anonimato. “A trajetória e distância percorrida indicam que eram mísseis do tipo Scud”.

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Thomas Houlahan, um especialista da área militar citado pela agência Reuters diz que, pela descrição, os mísseis devem ser Hwasong-6, de fabricação norte-coreana. Uma evolução dos Scuds soviéticos. Os mísseis Scud também foram usados durante a primeira Guerra do Golfo, quando o ditador iraquiano Saddam Hussein usou o armamento contra Israel.

Na semana passada, a Otan aceitou instalar sistemas antimísseis Patriot na fronteira da Turquia com a Síria, atendendo a um pedido do governo turco para se defender de disparos provenientes de território sírio.

Terrorismo – A coalizão de oposição síria pediu nesta quarta-feira que os Estados Unidos reconsiderem a decisão de designar a milícia Frente Al-Nusra como uma organização terrorista. “Podemos discordar de alguns grupos, de suas ideias e de sua visão política e ideológica. Mas afirmamos que todas as armas usadas pelos rebeldes têm como objetivo derrubar um governo tirânico e criminoso”, disse Mouaz Alkhatib, chefe da coalizão, durante a reunião do grupo Amigos da Síria.

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No encontro, realizado no Marrocos, mais de uma centena de países ocidentais e árabes reconheceram oficialmente a coalizão opositora. Anteriormente, países como França, Grã-Bretanha e Turquia já haviam legitimado a coalizão. Em uma entrevista nesta terça-feira, o presidente Barack Obama disse que os Estados Unidos também reconhecem a Coalizão de Oposição Síria “legítima representante do povo sírio”.

Sem citar a Al-Nusra, o vice-secretário de Estado William Burns pediu que a coalizão “seja firme contra extremistas” que poderiam comandar a revolta. Os EUA impuseram sanções ao grupo jihadista por considerar que a milícia age em nome da Al Qaeda.

Alkhatib também convocou a minoria alauíta da Síria, da qual Assad faz parte, para lançar uma campanha de desobediência civil contra o governo.

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Atentado – Três explosões nesta quarta-feira na sede do Ministério do Interior, em Damasco, deixaram pelo menos cinco mortos e 23 feridos, segundo comunicado divulgado pelo ministério. Já o grupo opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos registrou oito mortos e 40 feridos. Segundo a TV estatal, o ministro do Interior, Mohammed al Shaar, e outros funcionários de alto escalão do ministério saíram ilesos do atentado.

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