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Papa Bento XVI chega ao Líbano para visita histórica

Para pontífice, é preciso preservar equilíbrio entre cristãos e muçulmanos

Por Da Redação
14 set 2012, 09h39

O papa Bento XVI pediu, nesta sexta-feira, o fim do envio de armas para a Síria, atitude que classificou como um “pecado grave”, pouco antes de desembarcar pela primeira vez no Líbano. Ele ainda elogiou as manifestações da Primavera Árabe, que foram descritas por ele como um grito por liberdade, mas advertiu que o levante precisa apresentar tolerância religiosa.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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A visita histórica de três dias do pontífice começa hoje. A expectativa é que o gesto contribua para promover a paz no país e na região, que passa por um momento tumultuado em meio a uma crise política na Síria e uma recente onda de revoltas fomentadas por um vídeo americano que representa o profeta Maomé como um homem sem caráter. Um dos protestos, na Líbia, resultou na morte de um diplomata americano e outras três pessoas.

Libaneses de todas as religiões esperam que a visita do papa possa uni-los e os proteja das turbulências da região, especialmente da Síria. A tensão crescente faz com que o país viva ao ritmo do que ocorre no país vizinho. As redes de televisão locais ignoraram os controversos temas políticos e estão reservando espaços em sua programação para a chegada de Bento XVI.

Após desembarcar no país, quando foi recebido pelo presidente do Líbano, Michel Suleiman, único chefe de Estado da região de credo cristão, o papa disse que “é muito importante o equilíbrio entre cristãos e muçulmanos” e destacou que “é preciso preservá-lo”. Além disso, o religioso reiterou que foi ao país “como amigo de Deus e dos homens para rezar pela paz de todos os países do Oriente Médio, seja qual for sua crença”.

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Fiéis esperam a chegada do papa Bento XVI ao Líbano
Fiéis esperam a chegada do papa Bento XVI ao Líbano (VEJA)

Agenda – Na tarde desta sexta-feira, o pontífice seguirá para a basílica de São Paulo, na cidade de Harisa, onde assinará a Exortação Postsinodal (documento final) do Sínodo de Bispos para o Oriente Médio, realizado em 2010. O evento, do qual participaram 180 bispos, foi encerrado por Bento XVI com uma chamada à comunidade internacional e aos países do Oriente Médio para que não retrocedam na busca pela paz na região, uma conquista que – afirmou na ocasião – é “possível e urgente”.

Os prelados, em sua mensagem final, pediram à Organização das Nações Unidas (ONU) e à comunidade internacional que ponham fim, mediante a aplicação das resoluções do Conselho de Segurança do organismo, à ocupação israelense de “diferentes territórios árabes”.

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Segurança – A guarda presidencial, um corpo de elite do exército libanês, que conta com milhares de homens, cuidará da segurança do papa durante sua visita, embora todos os serviços oficiais estejam mobilizados. As permissões para portar armas foram suspensas no país e a circulação de veículos estará proibida nos trajetos do papa.

Histórico – A visita é a quarta do papa Joseph Ratzinger ao Oriente Médio, após a viagem realizada à Turquia em 2006, à Terra Santa em 2009 – ocasião em que visitou Jordânia, Israel e os Territórios Palestinos – e ao Chipre, em 2010. No Líbano, país de pouco mais de quatro milhões de habitantes, onde os cristãos são 53,18% da população, a lei reconhece 18 confissões religiosas, sendo elas 12 cristãs, cinco muçulmanas e a judaica.

Revoltas- Fontes policiais disseram, em depoimento à Agência Associeted Press (AP), que forças de segurança abriram fogo contra os um grupo de pessoas que se manifestava contra um vídeo americano que tirava sarro do profeta Maomé, matando uma pessoa e deixando outras 25 feridas – entre elas 18 oficiais nesta sexta-feira em Trípoli, no Líbano. Os manifestantes incendiaram um restaurante da rede de fast-food americana Kentucky Fried Chicken (KFC).

(Com Agência EFE)

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