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Derrota nas eleições estaduais põe pressão sobre o governo Merkel

O jornal 'Handelsblatt' indica que parte do povo alemão “acordou” para as inúmeras dificuldades que a massa de refugiados adiciona à sociedade e ao governo

Por Da Redação
14 mar 2016, 10h00

Os críticos da política liberal para os refugiados da chanceler alemã, Angela Merkel, pedem para ela rever suas ações depois que eleitores de três Estados puniram sua coalizão conservadora e votaram em um partido anti-imigração que defende o fechamento das fronteiras do país. A União Democrata-Cristã (CDU, na sigla em alemão), de Merkel, perdeu apoio nas três eleições estaduais – no Estado industrial de Baden-Wuerttemberg, na região vinícola da Renânia-Palatinado e na Saxônia-Anhalt – na primeira votação que deu aos eleitores uma chance de reagir à política imigratória da chanceler.

O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AFD, na sigla em alemão), que tem uma posição severa em relação à imigração, ficou com cerca de um quarto dos votos na Saxônia-Anhalt, tornando-se o segundo partido mais votado no Estado, e também obteve resultados expressivos nas duas outras unidades federativas alemãs que tiveram eleições neste domingo. “O despertar” foi a manchete do jornal Handelsblatt desta segunda-feira, indicando que parte do povo alemão “acordou” para as inúmeras dificuldades que a massa de refugiados adiciona à sociedade.

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“Simplesmente continuar no mesmo caminho não é uma opção”, afirmou o principal jornal de negócios em seu editorial, referindo-se à crise dos refugiados, às preocupações a respeito de sua integração na Alemanha e à falta de respostas convincentes do CDU. A Alemanha recebeu 1,1 milhão de imigrantes em fuga do Oriente Médio, da África e de outras regiões no ano passado, e prevê a chegada de centenas de milhares mais em 2016, o que despertou temores entre alguns alemães de que seu país esteja sendo tomado por imigrantes com culturas muito diferentes da sua.

Coalizão dividida – O jornal de maior circulação no país, Bild, afirma em seu editorial desta segunda Merkel experimentou “uma derrota esmagadora neste domingo de eleições”, mas que provavelmente irá manter sua rota política e que o preço disso será uma coalizão conservadora profundamente dividida. Horst Seehofer, líder da União Social-Cristã da Baviera (CSU, na sigla em alemão), partido que integra a coalizão de Merkel, culpou a política imigratória da chanceler pelos resultados ruins dos conservadores nos pleitos estaduais. “Deveríamos dizer às pessoas que entendemos e que iremos lidar com as consequências do resultado destas eleições”, disse.

(Da redação)

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