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Coalizão do primeiro-ministro Shinzo Abe vence eleições

Base aliada do Partido Liberal Democrata conseguiu maioria no Parlamento

Por Da Redação
14 dez 2014, 17h44

A coalizão do primeiro-ministro Shinzo Abe venceu as eleições parlamentares realizadas neste domingo no Japão. Com a maioria dos votos já contabilizada, o Partido Liberal Democrata (PLD), de Abe, elegeu mais de 280 parlamentares, de um total de 475 assentos. Considerando os votos obtidos pelo partido Komei, a coalizão ultrapassou 317 cadeiras, mínimo necessário para garantir a ‘supermaioria’ de dois terços do Parlamento.

A principal legenda de oposição, o Partido Democrático do Japão, não alcançou as oitenta cadeiras que esperava conquistar, mostrando que os eleitores ainda têm vivas na memória as lembranças do governo de 2009 a 2012, marcado por brigas internas e a presença de três primeiros-ministros no período.

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O primeiro-ministro convocou eleições antecipadas como forma de garantir sua permanência no cargo. O pleito foi visto como uma espécie de referendo sobre a política econômica de Abe. Apesar da queda dos índices de popularidade do premiê e da recessão econômica, a expectativa já era de vitória do partido governista diante da falta de alternativas viáveis na oposição.

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Mas, apesar da vitória da coalizão de Abe, o baixo comparecimento às urnas aponta uma insatisfação com o desempenho do premiê. A expectativa é que o índice de comparecimento fique em 52,4%, um recorde negativo no país. Muitos eleitores, céticos em relação à estratégia do premiê, conhecida como “Abenomics”, para acabar com a deflação e gerar crescimento, e também quanto à capacidade da oposição de formular um plano melhor, ficaram em casa.

O premiê, no entanto, viu o resultado de forma mais positiva: “Eu acredito que o público aprovou os dois anos de nossas políticas ‘Abenomics’, mas isso não significa que nós podemos ser complacentes”, disse Abe neste domingo. “Estou consciente de que ainda há muitas pessoas que ainda não estão sentindo os benefícios. Mas é minha tarefa levar os benefícios para essas muitas pessoas, e eu acredito que essa eleição deixou isso claro”.

Agora vem a parte mais difícil para o premiê, como destacou o Wall Street Journal: decidir como usar seu capital político renovado, depois de uma campanha que evitou detalhar os planos para o novo mandato. “Talvez a questão mais importante seja saber se Abe vai acelerar as mudanças estruturais prometidas para a economia. Até agora, ele não mostrou muita inclinação para algumas das reformas mais esperadas no exterior, como a eliminação de tarifas agrícolas e mudar o rígido mercado de trabalho”, ressaltou o jornal.

Em entrevistas, Abe afirmou que a prioridade de seu novo mandato será a economia do país. A expectativa é de que a redução de impostos esteja entre as primeiras medidas adotadas pelo premiê. A economia do Japão entrou em recessão após encolher 0,5% (dado revisado) no terceiro trimestre.

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O impacto mais imediato do resultado das eleições deverá ser o adiamento do aumento de impostos sobre o consumo. Originalmente previsto para outubro deste ano, o aumento deve ser adiado até abril de 2017. A medida deve permitir que os trabalhadores se beneficiem de um aumento dos salários, que estão crescendo, mas não no ritmo necessário para compensar o primeiro reajuste dos impostos sobre o consumo, que entrou em vigor em abril.

Outra promessa do primeiro-ministro é cortar a taxa de impostos incidente sobre as empresas de 36% para menos de 30%, o que deve impulsionar diretamente os lucros das empresas. Abe afirmou que vai enfrentar também outras questões centrais no governo, como a segurança nacional. O governo dos Estados Unidos, por exemplo, espera que o premiê seja capaz de aprovar uma série de projetos de lei para expandir o papel militar do Japão.

(Com Estadão Conteúdo e agências Reuters e EFE)

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