A censura chinesa confiscou 15 milhões de publicações (panfletos, livros, jornais e revistas) e fechou 28.000 páginas da web por divulgar conteúdos considerados “ilegais” ou pornográficos ao longo de 2015, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelas autoridades do país. O Escritório Nacional contra a Pornografia e as Publicações Ilegais, citada pela agência oficial Xinhua informou ainda que centrará suas inspeções nas áreas ao redor das escolas para descobrir as lojas que vendem publicações consideradas ilegais e, além disso, perseguirá quem compartilhar na internet links para sites de pornografia, páginas de armazenamento na nuvem ou jogos on-line.
Recentemente, o presidente da China, Xi Jinping, visitou pessoalmente os três grandes veículos de comunicação oficiais do país, a agência de notícias Xinhua, o Jornal do Povo e a emissora CCTV destacando a necessidade de manter uma “lealdade absoluta” à liderança do Partido Comunista que governa o país. Várias organizações civis denunciaram que a China está vivendo um dos períodos de mais intensa repressão contra a dissidência política.
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Dentro dessa campanha para conter as críticas, as autoridades chinesas detiveram cinco editores de Hong Kong por vender livros proibidos pelo regime comunista. Além disso, a Administração do Ciberespaço da China anunciou na semana passada que tinha suspendido mais de 580 contas na rede social Weibo, o equivalente chinês do Twitter, por divulgar rumores, confundir a população ou ir contra a Constituição. Também a editora de um dos jornais mais famosos da China, o cantonês Southern Metropolis Daily, Liu Yuxia, foi demitida por elaborar uma capa criticando a censura dos veículos de comunicação no país.
(Da redação)