Capriles: ‘Chegou a hora de convocar o referendo para tirar Maduro’
O político opositor assegurou que a solução para a crise "não é um levante militar", pois "o único desenlace deve ser constitucional, pacífico e democrático"
O ex-candidato presidencial de oposição e atual governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, disse nesta quinta-feira ter chegado o momento de convocar um referendo revogatório contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ou propor uma emenda constitucional que permita acelerar sua saída do poder. O atual mandato presidencial de Maduro termina em 2019, mas as leis venezuelanas vigentes contemplam a possibilidade de convocar um referendo revogatório quando o governante cumprir a metade do mandato, o que ocorrerá em 19 de abril.
Para convocar um referendo revogatório são necessárias as assinaturas de 20% (3,9 milhões) do colégio eleitoral, coletadas em três dias e com impressões digitais; e para remover Maduro, é preciso que mais de 7,5 milhões de eleitores que o elegeram em 2013 votem pela sua saída. Por outro lado, uma reforma da Carta Magna é promovida com a aprovação de dois terços dos deputados e deve ser aprovada em um referendo convocado 30 dias depois de sua sanção.
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Capriles chamou a maioria opositora no Parlamento a “resgatar a institucionalidade” e exigiu ao Tribunal Supremo de Justiça que “responda ao país e não ao partido do governo”. Além disso, o político assegurou que a solução para a crise “não é um levante militar”, pois “o único desenlace deve ser constitucional, pacífico e democrático”.
Capriles, que encabeça a corrente moderada da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), tinha manifestado até agora que a oposição devia se ocupar prioritariamente em promover medidas que resolvam a crise econômica, ao invés de abreviar o governo de Maduro. Com maioria no Parlamento pela primeira vez em quase 17 anos de governo chavista, a oposição conta com 109 deputados contra os 54 da situação chavista e pretende, com isto, buscar uma via legal para conseguir a saída antecipada de Maduro.
(Da redação)