O governo de Camarões deportou mais de 2.500 nigerianos que estavam ilegalmente no país, como parte das novas medidas de segurança para prevenção de ataques suicidas pelos jihadistas do grupo Boko Haram, segundo autoridades.
Um funcionário de uma organização não-governamental da cidade de Kousseri, extremo norte do país, onde os nigerianos estavam, disse que a maioria dos nigerianos exilados “tinha fugido das atrocidades do grupo Boko Haram”, refugiando-se nos Camarões.
As deportações aconteceram um dia após o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, visitar o país para debater a forma de combate contra a ameaça crescente do Boko Haram. Desse encontro entre Buhari e o presidente camaronês, Paul Biya, surgiu o compromisso, de ambas as partes, em manter e fortalecer a cooperação entre os dois países na luta contra os insurgentes.
As autoridades locais têm tomado medidas para aumentar a segurança, incluindo a proibição das mulheres usarem o véu completo, por temor de que os militantes suicidas usassem a roupa para esconder explosivos.
Desde 2009, os jihadistas do Boko Haram já mataram mais de 15.000 pessoas na Nigéria. Com o passar dos anos, os terroristas têm-se espalhado para além das fronteiras do país, atacando em massa o Chade e os Camarões.
Com Agência Brasil