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Argentina amanhece com nova greve geral e protestos

Os trabalhadores dos transportes e serviços públicos estão parados. A capital Buenos Aires amanheceu vazia e muitas escolas, empresas e bancos também não funcionam

Por Da Redação
9 jun 2015, 07h54

A greve de condutores de ônibus, trens, caminhões, aviões, barcos e metrô para exigir melhores salários – apoiada por sindicatos da oposição na Argentina – teve início no primeiro minuto desta terça-feira, a cinco meses das eleições gerais de 25 de outubro. Além dos transportes, os grevistas também interromperam a coleta de lixo domiciliar, a distribuição de alimentos e a entrega de combustíveis aos postos de serviços. Muitas escolas e universidades estão fechadas e alguns hospitais atendem somente as emergências. No setor privado, muitas empresas e bancos também não abriram as portas pois, sem transporte, seus funcionários não conseguiriam chegar. Segundo o jornal Clarín, a capital Buenos Aires amanheceu vazia e em uma “quietude nada usual” para um dia de semana. Precavidos, os trabalhadores sabiam da greve nos transportes e não foram trabalhar hoje. O setor portuário, com o polo agroexportador de Rosário (312 km ao norte de Buenos Aires) à frente, também está parado.

Organizações sociais e sindicatos de esquerda convocaram piquetes e bloqueios de trânsito em Buenos Aires e nas principais cidades do interior. A paralisação, de 24 horas, é a quinta desde que Cristina Kirchner assumiu a presidência, em 2007, e a segunda em dois meses para rechaçar o estabelecimento de tetos para os aumentos de salários acertados pelos sindicatos com as empresas. Cristina, que não poderá disputar um terceiro mandato, estabeleceu como limite 27% de reajuste anual, exceto em setores que registram alta rentabilidade, como bancos e exportações de óleos.

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Na Argentina há cinco centrais operárias, mas a maioria dos sete milhões de trabalhadores sindicalizados (outros quatro milhões não são registrados legalmente) se reúne na chamada Confederação Geral do Trabalho Balcarce (conhecido como CGT Balcarce), vinculada ao governo. No entanto, a paralisação dos sindicatos de oposição pretende parar quase toda a atividade industrial e de serviços com a suspensão dos transportes, como ocorreu na greve de 31 de março passado. “A greve é mais política do que outra coisa. Não sei o que vão conseguir com uma medida de força”, disse em coletiva de imprensa o chefe de gabinete, Aníbal Fernández.

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Outra reivindicação do movimento sindical é a eliminação ou a redução ao mínimo do imposto sobre os lucros, que onera os salários. O tributo é pago por 1,1 milhão de trabalhadores, segundo o governo, ou quase dois milhões, segundo os grevistas. Partidos da oposição prometeram em sua campanha eleitoral que vão eliminar o encargo.

O governo respondeu que em quase todos os países os salários pagam tributos que servem para financiar obras públicas, residências populares ou o seguro social. O sindicato operário opositor CGT Azopardo, liderado pelo sindicalista caminhoneiro Hugo Moyano, respondeu em Buenos Aires que as estatísticas privadas e independentes estimam que a pobreza atinge 27,8% da população e a inflação está superior a 31% ao ano, índices bem superiores aos oficiais difundidos pelo governo.

(Da redação)

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