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Alemanha será 1ª potência a renunciar à energia atômica

O governo alemão prometeu fechar seus últimos reatores nucleares até 2022

Por Da Redação
30 Maio 2011, 09h25

“Queremos que a eletricidade do futuro seja segura e, ao mesmo tempo, confiável e econômica”

Angela Merkel

Ao anunciar que vai desligar todas as suas usinas nucleares até 2022, a Alemanha passa a ser a primeira potência industrial a renunciar à energia atômica. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo ministro do Meio Ambiente do país, Norbert Röttgen, após acordo da coalizão de governo liderada pela chanceler Angela Merkel.

Além de parar de usar a energia nuclear, a Alemanha também planeja reduzir o uso de eletricidade em 10% até 2020 e dobrar a participação de fontes renováveis de energia para 35% no mesmo período, segundo um documento do governo obtido pela agência de notícias Reuters. Dos 17 reatores alemães, 14 não estarão mais em serviço no fim de 2021 e os três últimos – os mais novos – serão utilizados até 2022 no mais tardar, explicou o ministro, enfatizando que a decisão é “irreversível”.

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“Nosso sistema energético tem de ser mudado fundamentalmente e pode ser mudado fundamentalmente. Queremos que a eletricidade do futuro seja segura e, ao mesmo tempo, confiável e econômica”, destacou a chanceler a jornalistas nesta segunda-feira. Merkel não deu mais detalhes do plano, mas o documento afirma que a meta alemã de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em 40% até 2020 está mantida.

Acervo Digital VEJA: Os riscos – e as vantagens – das usinas nucleares

Instalações – A Alemanha tem 17 reatores nucleares, sendo que oito deles já estão desconectados da rede de produção de energia elétrica. Conforme destacou o ministro, estas oito instalações não serão reativadas. O país tem mais onze anos para encontrar uma forma de cobrir 22% de suas necessidades em termos de energia elétrica, atualmente atendidas pelas centrais nucleares.

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A decisão pode ser até mais ambiciosa do que a saída da energia nuclear planejada pela coalizão entre sociais-democratas e verdes quando estavam no poder em 2000, mas ainda pode enfrentar oposição de empresas do setor. A chanceler alemã conseguiu aprovar no fim de 2010 uma prorrogação de 12 anos em média para a duração legal da exploração dos reatores do país. Por ser contra a opinião pública alemã, a medida provocou uma explosão do sentimento antinuclear na Alemanha.

Após a catástrofe da central nuclear japonesa de Fukushima em março, no entanto, Merkel interrompeu imediatamente o funcionamento das centrais mais antigas do país e iniciou um debate sobre o abandono da atividade nuclear civil, que deve resultar em uma decisão formal no conselho de ministros de 6 de junho. Em 23 de março, a chanceler declarou que, quanto antes for abandonada a energia atômica, melhor.

Protestos – Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas no sábado em diversas cidades da Alemanha para reivindicar o abandono da energia nuclear. No domingo, um grupo de ativistas da ONG Greenpeace voltou a protestar em Berlim, pedindo que o prazo fosse antecipado para 2015. A maioria dos eleitores na Alemanha é contra a energia atômica, que fornecia 23% da energia do país antes de sete unidades antigas serem fechadas em março.

(Com agência Reuters e France-Presse)

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