A adolescente sueca resgatada de um reduto do Estado Islâmico (EI) no último dia 17 deu entrevista a uma emissora de TV curda em que contou sobre a chegada ao Iraque e a “vida muito difícil” em Mosul. Em maio do ano passado, Marlin Stivani Nivarlain, então com 15 anos, desapareceu da casa onde vivia com seus pais adotivos, em Boras, cidade próxima a Gotemburgo, e viajou com o namorado para a Síria.
Em entrevista à Kurdistan 24 (K24), ela contou que concordou em se juntar ao Estado Islâmico com o namorado sem nenhum conhecimento sobre o assunto. Segundo a jovem, o rapaz de 19 anos passou a assistir aos vídeos do EI pela internet e a se interessar pelo grupo. “Ele disse que queria ir e eu respondi ‘ok, sem problemas’, porque eu não sabia o que ISIS (Estado Islâmico) significava nem o que é o Islã. Nada”, disse Marlin.
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Depois de atravessar a Europa de ônibus e trem, o casal entrou na Síria atravessando a fronteira com a Turquia, próximo à cidade de Gaziantep. Em território sírio, membros do EI levaram um grupo de homens e mulheres, entres eles Marlin e seu namorado, em um ônibus à cidade de Mosul, no Iraque, e lhe deram uma casa. “Não tínhamos nada na casa. Não havia eletricidade, não havia água, não tínhamos dinheiro. Era totalmente diferente da Suécia”, contou a jovem.
Quando teve acesso a um telefone, a adolescente ligou para a mãe, que entrou em contato com autoridades suecas. De acordo com um oficial curdo, a operação de resgate foi orquestrada em uma parceria entre as forças curdas e a Suécia.
Na entrevista, aparentemente parcial, Marlin não mencionou o filho que teria tido em novembro, segundo o jornal britânico The Guardian – ela estaria grávida quando fugiu de seu país. Atualmente, a adolescente encontra-se em território curdo no Iraque e será enviada à Suécia em breve.
(Da redação)