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Wulff é 1º chefe de Estado da UE que renuncia por suposta corrupção

Por Da Redação
17 fev 2012, 14h08

Redação Central (EFE), 17 fev (EFE).- A renúncia do presidente alemão, Christian Wulff, nesta sexta-feira é a primeira registrada na Europa Ocidental de um chefe de Estado por suspeita de corrupção nos últimos anos.

Por outro lado, foram frequentes as demissões de ministros e altos cargos públicos por envolvimento em redes de corrupção, tráfico de influência ou outros tipos de crimes.

Apesar de o antecessor de Wulff, o democrata-cristão Horst Köhler, também ter renunciado, ele não o fez por um escândalo relacionado com algum tipo de delito, mas por ter dado declarações polêmicas sobre a intervenção no Afeganistão.

Em 30 de maio de 2010, Köhler deixou o cargo após ter afirmado que, em determinados casos, como no Afeganistão, era possível justificar intervenções militares por razões econômicas, o que gerou uma saraivada de críticas.

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Já o caso de Wullf é especial, visto que sua renúncia por um escândalo de tráfico de influência afeta o cargo em si. Como chefe de Estado, sua missão é entendida como a da máxima instância moral do país.

Na Alemanha, já ocorreram quatro demissões durante o governo de Angela Merkel, e além dos dois presidentes citados, dois ministros da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg e Franz-Josef Jung, tiveram que renunciar.

Guttenberg, que era uma das estrelas da equipe de Merkel e começou em seu governo como ministro da Economia, acabou renunciando em 1º de março de 2011, após ser divulgado que seu doutorado tinha sido um plágio.

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Jung teve que deixar a pasta de Trabalho por fatos ocorridos na legislatura anterior, quando era titular da Defesa, apesar de seu caso também não ter envolvido corrupção.

O político democrata-cristão foi acusado de ter ocultado informações sobre um bombardeio no Afeganistão, determinado por um oficial alemão, que produziu mais de 100 vítimas.

Também foi forte a ‘sangria’ de ministros no Reino Unido, e apenas durante o governo de David Cameron ocorreram três demissões.

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Logo após o novo Executivo assumir em maio de 2010, o liberal-democrata David Laws renunciou de seu cargo de ministro do Tesouro por abusar do uso de verbas parlamentares, após apenas dias no cargo.

Em outubro de 2011, o ministro da Defesa, o conservador Liam Fox, renunciou em meio a acusações de que favoreceu um amigo, Adam Werritty, que se apresentava como seu assessor e lobista apesar de não ter cargo algum no governo.

Finalmente, o liberal-democrata Chris Huhne renunciou em 3 de fevereiro como ministro da Energia após ser acusado pela Procuradoria de ocultar uma infração de trânsito em 2003 e ter tentado fazer com que fosse assumida por sua esposa.

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Na Irlanda, as fortes críticas e denúncias públicas custaram o cargo de dois ex-primeiros-ministros.

Bertie Ahern apresentou em maio de 2008 sua demissão como primeiro-ministro devido a seu suposto envolvimento em um caso de corrupção nos anos 1990, investigação que segue aberta.

Anos antes, em 1992, Charles Haughey também renunciou ao cargo de premiê por um escândalo de escutas telefônicas ilegais a dois jornalistas em 1982, quando exercia seu segundo mandato como chefe do governo irlandês.

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Na Itália, em 12 de novembro de 2011, após a Câmara dos Deputados aprovar a Lei de Orçamento para 2012, que continha as reformas econômicas exigidas pela UE, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi apresentou sua renúncia em meio a uma forte crise econômica no país e aos escândalos sexuais nos quais se envolveu.

Durante seu governo, as demissões mais famosas ocorrem em 2010. Em 4 de julho daquele ano, o ministro sem pasta para a Execução do Federalismo da Itália, Aldo Brancher, renunciou apenas 15 dias após jurar seu cargo, por conta da polêmica gerada por sua tentativa de não comparecer a um processo judicial em Milão, no qual é acusado de lavagem de dinheiro e apropriação indébita.

Porém, a mais importante foi a renúncia do ministro de Desenvolvimento Econômico italiano, Claudio Scajola, em 4 de maio, pela suposta compra de um apartamento de luxo com dinheiro sujo.

Na França, o caso de maior repercussão dos últimos tempos foi o do ministro do Orçamento, Éric Woerth, obrigado a renunciar diante dos inúmeros escândalos de corrupção que o relacionavam com a bilionária Liliane Bettencourt, herdeira do império de cosméticos L’Oréal.

A Justiça francesa suspeita, entre outras coisas, que Woerth tenha obtido financiamento ilegal para a campanha de Sarkozy. EFE

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