Usina de Hamaoka desativa reator por temor de terremotos
Central fica a 200 quilômetros de Tóquio em uma região vulnerável a abalos sísmicos. De 54, restam 20 reatores nucleares em atividade no Japão
A Chubu Electric, operadora da usina nuclear de Hamaoka, desativou nesta sexta-feira o primeiro de seus dois reatores. O segundo deles será desativado no sábado.
Hamaoka está situada 200 quilômetros ao sul de Tóquio em uma zona considerada de alta vulnerabilidade a abalos sísmicos. A suspensão das atividades da usina é uma determinação do governo para afastar a possibilidade de repetir o acidente de Fukushima, o mais grave desde Chernobyl, 25 anos atrás, causado pelo terremoto seguido de tsunami de 11 de março.
Segundo a agência japonesa Kyodo, a paralisação foi feita às 13h56 locais (1h56 de Brasília) com a inserção de varetas de controle no núcleo do reator para interromper as reações de fissão nuclear.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, defendeu nesta sexta-feira a suspensão temporária de Hamaoka, mesmo antes que sejam anunciadas mudanças das medidas de segurança nuclear. “Assim que as investigações do acidente em Fukushima chegarem ao fim, os padrões de segurança provavelmente terão que mudar”, disse.
Com a paralisação de Hamaoka, dos 54 reatores nucleares do Japão restam 20 em funcionamento. Esta semana, dois meses após a tragédia, Kan anunciou que uma nova política energética será desenhada para estimular fontes alternativas, como a eólica e a solar.
(com EFE)