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UE pede à Líbia que não faça uso de violência

Após repressão de protestos, a União Europeia apela para que autoridades permitam a livre expressão e escutem o que pedem os manifestantes

Por Da Redação
16 fev 2011, 11h21

A União Europeia (UE) pediu nesta quarta-feira à Líbia que permita a “livre expressão” e evite o uso da violência contra os manifestantes, depois da repressão dos protestos de terça-feira na cidade de Benghazi. “Pedimos às autoridades que escutem a população que participa dos protestos e o que diz a sociedade civil”, disse Maja Kocijancic, porta-voz da chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton.

Segundo as autoridades, os incidentes da noite passada em Benghazi deixaram 14 feridos. “Fazemos também uma chamada à calma e que se evite qualquer tipo de violência”, disse a porta-voz comunitária. Os incidentes de Benghazi começaram quando forças policiais dispersaram pela força centenas de manifestantes que reivindicavam diante de uma delegacia a libertação de um militante de direitos humanos detido na cidade.

Mesmo após a libertação do militante, os manifestantes continuaram a gritar palavras de ordem contra o governo. Está convocada para a próxima quinta-feira outra manifestação contra o regime de Muammar Kadafi, que se somará às que também ocorrem em Irã, Iêmen e Bahrein.

Iêmen – Pelo menos quatro manifestantes foram feridos nesta quarta-feira no Iêmen durante novos confrontos entre estudantes que desejam a queda do governo e simpatizantes das autoridades, pelo quarto dia consecutivo. Outra mobilização reuniu na capital iemenita centenas de juízes que pediam a independência do judiciário e a renúncia de todos os membros do Conselho Superior Judicial, incluindo o ministro da Justiça.

Os partidários do presidente Ali Abdallah Saleh – no poder há 32 anos -, armados com cassetetes, facas e pedras, atacaram os estudantes na saída da universidade, quando os jovens pretendiam seguir para o palácio presidencial na praça Sabiine. Os estudantes responderam com pedradas e foram perseguidos no campus, onde a polícia atirou para o alto para dispersar os dois grupos. Três jornalistas e um repórter cinematográfico foram atigidos por partidários do Congresso Popular Geral (CPG, no poder) durante a repressão à manifestação estudantil.

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Bahrein – Milhares de pessoas ocupam uma área na capital do país, Manama. Outros milhares de manifestantes marcharam para lembrar o segundo homem morto durante confrontos com as forças de segurança. Um comitê estabelecido por sete grupos de oposição para coordenar os protestos convocou uma grande manifestação para o sábado, prevendo a participação de pelo menos 50.000 pessoas.

Nesta quarta-feira, milhares de pessoas foram até o necrotério de um hospital, onde estava o corpo de um homem morto ontem. Elas acompanharam o caixão, realizando protestos. As forças de segurança não foram até as áreas das manifestações. A Praça Pérola, área central para o tráfego no distrito financeiro da capital, estava tomada pelos manifestantes, muitos dos quais passaram a noite ali, em tendas.

Segundo o ministro do Interior, policiais acusados pela morte dos dois xiitas foram presos em meio a uma investigação. “Aqueles por trás dos dois casos de morte foram detidos e nós começamos as investigações preliminares”, afirmou em discurso televisionado o xeque Rashed bin Abdullah al-Khalifa. Ele pediu desculpas e disse que a polícia deve demonstrar comedimento.

(Com agências France-Presse e EFE)

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