Síria aceita plano da Liga Árabe sem reservas
Acordo prevê o "fim imediato" da violência, com a retirada dos tanques, a libertação de detidos durante os protestos e diálogo com a oposição
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 2.700 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
- • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.
Leia mais no Tema ‘Revoltas no Mundo Islâmico’
A Síria aceitou “sem reservas” e “na totalidade” o plano elaborado pela Liga Árabe para deter a série de confrontos no país. O plano árabe prevê o “fim imediato” da violência e a retirada dos tanques para transmitir uma mensagem tranquilizadora às ruas, segundo explicou à AFP o líder da organização, Nabil al Arabi. O acordo também passa pela libertação dos detidos durante os protestos contra o regime do ditador Bashar al Assad.
Leia também:
Leia também: ‘Invasão da Síria resultará em novo Afeganistão’, ameaça o ditador Bashar Assad
Na terça-feira, Damasco havia anunciado ter chegado a um acordo com a Liga Árabe sobre o plano para estancar crise que já dura sete meses, mas a organização ainda não havia recebido uma resposta formal. O acordo com a Liga Árabe divulgado pela rádio estatal síria nesta quarta-feira.
No domingo, uma delegação da Liga, liderada pelo Qatar, reuniu-se em Doha com o ministro sírio de Relações Exteriores, Walid Muallem, para apresentar o plano. Além do fim da violência e da retirada dos tanques, o acordo inclui a abertura de diálogo com a oposição no Cairo, Egito, e autorização para o trabalho da imprensa e de observadores internacionais.
(com AFP e EFE)