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Secretário de Defesa expressa confiança no general Allen

Leon Panetta alertou contra as conclusões precipitadas sobre investigação

Por Da Redação
14 nov 2012, 08h54

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, respaldou nesta quarta-feira o comandante das forças americanas no Afeganistão e reafirmou sua “confiança” no general John Allen, envolvido no escândalo da CIA que derrubou David Petraeus. O chefe do Pentágono alertou contra as conclusões precipitadas a respeito do general do alto escalão que está sob investigação.

O general John Allen é investigado por uma série de mensagens descobertas na investigação do FBI sobre e-mails enviados a uma mulher pela amante do ex-diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), David Petraeus. “Não devemos tirar conclusões apressadas”, disse Panetta em Perth, onde ele e a secretária de Estado, Hillary Clinton, participaram em reuniões com autoridades australianas.

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“O general Allen fez um excelente trabalho à frente da Isaf”, declarou Panetta, em referência à força da Otan no Afeganistão. “Com certeza tem minha confiança para comandar nossas forças e seguir no combate. No entanto, sua nomeação está suspensa até que determinemos os fatos”, completou.

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Panetta defendeu a decisão de submeter o caso ao inspetor-geral do Pentágono e suspender a nomeação de Allen para outro cargo importante nas Forças Armadas. Ele alegou que essa foi uma medida prudente “até que determinemos quais são os fatos”.

Hillary Clinton disse que os aliados dos Estados Unidos na guerra no Afeganistão não manifestaram preocupações com o escândalo. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também apoiou Allen depois que o general de quatro estrelas se viu envolvido no escândalo sexual que provocou a queda de Petraeus.

Caso – O escândalo começou quando uma socialite da Flórida, Jill Kelley, de 37 anos, denunciou estar recebendo e-mails intimidatórios de outra mulher, Paula Broadwell. Uma investigação do FBI sobre o caso revelou que Broadwell era amante do general David Petraeus, que por causa disso renunciou na sexta-feira ao cargo de diretor da CIA.

No curso da investigação, descobriu-se que Kelley e Allen trocaram nos últimos dois anos cerca de 30.000 páginas de e-mails e outros tipos de comunicações, que foram entregues no domingo ao Departamento de Defesa. Porém, fontes próximas a Petraeus disseram que nem ele nem Allen tinham um relacionamento amoroso com Kelley, que atuava em ações sociais junto a militares na Flórida.

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Os investigadores disseram que muitas mensagens tinham tom de “flerte”, mas funcionários disseram, sob anonimato, que Allen negou ter tido um relacionamento extraconjugal com a mulher. O adultério pode resultar em dispensa desonrosa das Forças Armadas dos EUA. Segundo fontes ligadas à investigação, o FBI decidiu analisar o caso porque as mensagens entre Allen e Kelley abordavam informações sobre as atividades do chefe da CIA que não estavam disponíveis publicamente.

Pentágono – Em um incidente separado, o general quatro estrelas William Ward, ex-chefe do comando militar americano para a África, foi rebaixado devido ao uso indevido de verbas do Pentágono. Panetta rebaixou o general William “Kip” Ward a tenente-general, de três estrelas, após o oficial solicitar o reembolso de 82.000 dólares utilizados indevidamente durante viagens oficiais, revelou um alto funcionário do Pentágono, que pediu para não ser identificado.

Segundo a imprensa, entre os excessos atribuídos a Ward estão a inclusão de sua mulher em viagens oficiais prolongadas e o aluguel não autorizado de veículos blindados. Entre os casos citados está uma despesa de 747 dólares por uma noite do casal Ward no hotel Fairmont Hamilton Princess, um cinco estrelas nas Ilhas Bermudas.

Ward, comandante entre 2007 e 2011 do AFRICOM, baseado em Stuttgart (Alemanha), nega as acusações, mas uma investigação do departamento de Defesa concluiu, entre outros excessos, que o general gastou 129.000 dólares em uma viagem de 11 dias entre Washington e Atlanta (Geórgia) com um séquito militar, quando a missão oficial era de apenas três dias.

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(Com agências France-Presse e Reuters)

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