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Romney e Gingrich têm confronto decisivo neste sábado

Reduto dos conservadores realiza suas primárias neste sábado e, depois de uma semana de reviravoltas no partido, o resultado passou a ser imprevisível

Por Da Redação
21 jan 2012, 09h06

“O verdadeiro teste (de Romney) acontece na Carolina do Sul, um estado dominado por republicanos muito conservadores.”

Thomas Mann, especialista em eleições americanas da Brookings Institution

Mitt Romney começou a semana tranquilo na liderança entre os pré-candidatos republicanos que almejam enfrentar Barack Obama nas eleições presidenciais, mas chega ao fim dela com Newt Gingrich em seu encalço na corrida pela Casa Branca. As primárias deste sábado na Carolina do Sul podem selar de vez o nome do ex-governador de Massachusetts como pré-candidato ou encaminhar o partido para uma longa batalha. “O verdadeiro teste (de Romney) acontece na Carolina do Sul, um estado de republicanos muito conservadores”, disse ao site de VEJA Thomas Mann, especialista em eleições americanas da Brookings Institution. Uma vitória de Gigrich, que teve desempenho medíocre nas duas primeiras prévias (em Iowa e New Hampshire), mas ganhou terreno nos últimos dias, poderia aglutinar ao seu redor o eleitorado que desconfia das credenciais conservadoras de Romney.

Todas as pesquisas eleitorais divulgadas entre os dias 9 e 13 de janeiro apontavam uma vitória segura de Romney, que chegou a abrir uma diferença de 20 pontos porcentuais para Gingrich, então segundo colocado. A partir de quarta-feira passada, porém, o cenário foi outro: no levantamento da CNN/​Time/​Opinion Research, Romney aparecia com 33% das intenções de votos, enquanto Gingrich tinha 23% – o que reduz a distância entre eles para apenas dez pontos. Os outros dois pré-candidatos que ainda seguem no páreo, Rick Santorum e Ron Paul, têm 16% e 13% respectivamente. Se apenas isso fosse levado em consideração, não haveria muito com o que o ex-governador precisasse se preocupar. O problema é que em sete das outras dez pesquisas apresentadas ao longo da semana, é Gingrich quem aparece em primeiro lugar, com uma vantagem que varia de 1% a 6% ante Romney. “Gingrich parece ser o único pré-candidato em aceleração”, avaliou o diretor de pesquisas da CNN, Keating Holland.

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Grande parte da sobrevida que o ex-presidente da Câmara dos Deputados ganhou nos últimos dias deve-se à proximidade com o Tea Party, onde ele é o preferido de 31% dos eleitores. Com a desistência de Michele Bachmann, que atraiu somente 5% dos votos no cáucus de Iowa, grande parte dos ultraconservadores se voltaram para Gingrich que tem a seu favor o passado – em 1994, liderou a Revolução Conservadora, campanha que deu aos republicanos maioria na Câmara e no Senado depois de 40 anos. Além disso, outra queridinha do movimento, a ex-governadora do Alasca, Sarah Palin, também declarou abertamente nessa semana seu apoio a ele: “Se eu votasse na Carolina do Sul, votaria em Newt para que as prévias continuassem e prosseguisse o escrutínio dos candidatos”, disse ela à Fox News, onde é comentarista, ciente de que uma vitória de Romney tende a abreviar as prévias. Além das duas, Rick Perry, que abandonou a corrida eleitoral na quinta-feira, também já disse que está ao lado de Gingrich.

Iowa – Romney não está sozinho. Desde o caucus em Iowa ele conta com o respaldo do senador John McCain, que em 2008 concorreu pelo Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos. Mas é exatamente de Iowa que vem o mais duro golpe sofrido por ele nesta semana. Depois de ter sido declarado vitorioso com uma diferença de apenas oito votos para Rick Santorum, o ex-governador de Massachusetts viu o resultado da primeira prévia se inverter. Uma revisão na contagem dos votos mostrou que, na verdade, foi Santorum quem ganhou – e com uma diferença maior, de 34 votos. Romney não teve outra saída a não ser reconhecer “a forte performance” do oponente naquele estado, que inicialmente serviu para alavancar sua campanha e, agora, pode minar suas esperanças na Carolina do Sul. Permeado de incertezas, o sábado promete ser de pura tensão para Romney, de esperança para Gingrich e de resistência por parte dos republicanos que ainda insistem em dar a Obama o adversário que ele quer – qualquer um que não seja o mais parecido com ele.

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