Cinco pessoas morreram em confrontos com as forças de segurança da Síria neste sábado. Elas se somam às 22 vítimas da sexta-feira em manifestações sob o lema “antes a morte que a humilhação”, segundo uma ONG e militantes.
Conforme o relato dos Comitês locais de coordenação (LCC), que encorajam as manifestações contra o regime, três homens morreram e outros cinco ficaram feridos em Maarrat Hormé, na região de Idleb, durante uma operação na qual participaram tanques e 50 ônibus. Outro militante também morreu quando o exército abriu fogo contra os civis que observavam os militares que se retiravam do povoado. A quinta morte deste sábado ocorreu durante uma operação das forças de segurança em Homs, na região central do país.
De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), a operação em Hama visava o procurador-geralda cidade Adnan el Bakkur, que renunciou para denunciar a repressão realizada pelo regime.
Sanções – Na sexta-feira, os manifestantes foram novamente reprimidos, apesar das crescentes pressões internacionais contra o regime de Bashar al-Assad, em particular as sanções da Europa, que decretou um embargo sobre as importações de petróleo proveniente da Síria. A medida foi criticada pela Rússia neste sábado.
No total, 22 civis foram mortos em confrontos na sexta com forças de segurança, que dispararam para dispersar milhares de manifestantes que desafiavam o regime. Nove manifestantes foram mortos na região de Damasco, nove na província de Hama e três na de Deir Ezzor (leste), indicou o OSDH.
Milhares de mortos – Segundo a ONU, a violência no país já deixou ao menos 2.200 mortos desde meados de março, a maioria civis, e, de acordo com militantes, mais de 10 mil pessoas foram detidas.
(com AFP)