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Recomeçam as buscas sem muitas esperanças de encontrar sobreviventes na Itália

Por Vincenzo Pinto
21 jan 2012, 08h45

A exploração em profundidade dos restos do navio “Costa Concordia” foi retomada neste sábado ao amanhecer, uma semana depois do naufrágio do cruzeiro que causou 11 mortos, mas a esperança de localizar sobreviventes é mínima, segundo a Guarda Costeira.

Depois de confirmada a estabilização do navio, os mergulhadores da marinha desceram novamente a 20 metros de profundidade para abrir buracos no casco.

“Hoje procuramos entre as pontes 3 e 4”, indico Cosimo Nicastro, porta-voz da Guarda Costeira.

“A esperança de encontrar alguém com vida na parte submersa se reduziu e a esperança diminuiu a cada dia que passa”, lamentou Nicastro, apesar de assinalar que os mergulhadores continuarão insistindo na tarefa.

“É preciso um milagre. Mesmo que tenha sido criada uma bolha de ar quando o navio naufragou, em tais condições, com temperaturas da água muito baixas, a possibilidade de encontrar alguém com vida são reduzidas ao mínimo”, explicou o porta-voz.

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Onze pessoas morreram no naufrágio de sexta-feira passada, e cerca de 20 permanecem desaparecidas. As buscas estiveram interrompidas durante quase toda a quarta-feira e foram retomadas na quinta-feira.

No total, 24 pessoas – das quais três aparecem sem dúvida entre os corpos não identificados – permanecem desaparecidas há quase seis dias. Trata-se de 12 alemães, cinco italianos, dois franceses, dois americanos e três membros da tripulação: um italiano, um peruano e um indiano.

As perigosas imersões dos mergulhadores no navio foram dificultadas na quinta-feira pelo vento e pelas ondas que atingem a ilha e colocam em perigo a estabilidade do navio, que corre o risco de deslizar em direção a um precipício de cerca de 70 metros.

Mas a situação meteorológica se agravou nesta sexta-feira com um vento de 40 a 50 km/h e ondas anunciadas de um metro e meio.

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A ira dos familiares aumentou na quinta-feira, depois que o peruano Saturnino Soria, pai da jovem desaparecida Erika, pediu publicamente às autoridades italianas que o comandante do navio, Francesco Schettino, “não fique impune pelo que fez”.

A libertação do controverso comandante do navio, acusado de ser o principal responsável pela tragédia e que se encontra em prisão domiciliar em sua residência de Meta de Sorrento, perto de Nápoles, gerou irritação entre os parentes das vítimas que esperam notícias na ilha de Giglio, onde ocorreu a tragédia.

Acusado de homicídio múltiplo, abandono de navio e naufrágio, acusações que podem significar uma sentença de 12 anos de prisão, Schettino foi detido no sábado por ordem da promotoria por medo de que manipulasse as provas e pelo risco de fuga.

Segundo o presidente da empresa Costa Crociere, proprietária da embarcação, Pier Luigi Foschi, o capitão do Costa Concordia “não foi honesto” com os responsáveis em terra ao explicar a situação.

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“Pessoalmente penso que não foi honesto. Não tenho elementos para dizer se estava lúcido. Penso que estava perturbado de um ponto de vista emocional”, declarou em uma entrevista ao Corriere della Sera.

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