Quatro guias permanecem desaparecidos após avalanche no Everest

O montanhista cearense Rosier Alexandre escapou do acidente

Por Da Redação
19 abr 2014, 10h49

Equipe de emergência resgata sobrevivente de avalanche no Everest na sexta-feira, 18 de abril (Prakash Mathema/AFP/AFP)

As equipes de resgate no Monte Everest encontraram neste sábado o corpo de um guia nepalês, a 13ª vítima fatal da avalanche de sexta-feira. As equipes de resgate continuam a procurar neste sábado por três guias nepaleses desaparecidos após uma avalanche no Monte Everest. As equipes têm poucas esperanças de encontrá-los vivos.

Os guias sherpas preparavam o local para receber os alpinistas durante a alta temporada no momento da avalanche, o acidente com o mais mortos na história da maior montanha do mundo.

“Não há nenhuma possibilidade de encontrar com vida as pessoas desaparecidas. Estão soterradas sob a neve há 24 horas”, declarou à AFP Dipendra Paudel, funcionário do ministério nepalês do Turismo. Apesar da declaração, Paudel disse que não poderia confirmar 16 mortos.

A avalanche aconteceu às 6H45 locais de sexta-feira a 5.800 metros de altitude, em uma área próxima da geleira de Khumbu. Dawa Tashi, um dos sete guias que conseguiram escapar da tragédia, fez um relato da tragédia: “Um bloco gigantesco de gelo chegou do nada (…) caiu sobre nós.” “Quis correr, mas não tive tempo. Estávamos presos”, completou o guia de 22 anos que está internado em um hospital de Katmandu.

De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o montanhista cearense Rosier Alexandre escapou da avalanche no Everest. A assessoria de Alexandre informou que ele fez contato com sua equipe no Brasil e continua no campo base. “Ele está bem apesar da tragédia que aconteceu em acampamentos avançados no Everest. Todos estão muito abalados. Até o momento três guias de sua equipe estão desaparecidos. Logo que possível daremos mais notícias”, disse a assessoria.

Alexandre comentou a tragédia em sua conta no Facebook. “Todos nós montanhistas estamos de luto. Eu continuo no campo de base (5.350m) em segurança.”

(Com Estadão Conteúdo e AFP)