Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Protesto contra tragédia em estádio reúne 10.000 no Cairo

Confrontos entre torcedores de futebol e policiais deixaram mais de 400 feridos

Por Da Redação
2 fev 2012, 16h18

Cerca de 10.000 manifestantes, entre eles torcedores de futebol, saíram às ruas do Cairo nesta quinta-feira em um protesto contra a morte de 79 pessoas no estádio de Port Said, um dia antes, e a negligência da polícia durante a tragédia. Segundo o subsecretário do Ministério da Saúde do Egito, Hesham Sheiha, mais de 400 pessoas ficaram feridas nos confrontos entre torcedores do time de futebol Al Ahly e integrantes das forças de segurança.

Galeria de fotos: Briga em jogo no Egito deixa dezenas de mortos

Os principais choques desta quinta ocorreram entre torcedores do Al Ahly – time cuja torcida estava em minoria na partida em Port Said – e a polícia, que boa parte da opinião pública egípcia considerou responsável pela tragédia. Os manifestantes atravessaram as barricadas colocadas pelo governo egípcio para evitar novas manifestações na icônica Praça Tahrir, no centro do Cairo, que voltou a ser um cenário de guerra a duas semanas da queda do ex-ditador Hosni Mubarak completar um ano.

Os Ultra Ahly, como é conhecida a torcida organizada do clube, atiraram pedras contra os policias, que responderam com bombas de gás lacrimogênio. Pelo menos 40 dos feridos foram internados em hospitais, enquanto o restante foi atendido em ambulâncias ainda no local, nos arredores do Ministério do Interior, afirmou o subsecretário Sheiha. A maioria apresentava sintomas de asfixia, contusões e fraturas segundo Shiha, que ressaltou que por enquanto não há casos graves, mas espera-se que o número de feridos aumente nas próximas horas.

Continua após a publicidade

A região dos conflitos é a mesma em que, em novembro e dezembro do ano passado, ocorreu a segunda onda de protestos da revolta egípcia que derrubou Mubarak. Na ocasião, milhares de pessoas protestaram contra a Junta Militar que assumiu o poder após a saída do então ditador.

Responsabilidade – Após o início dos choques desta quinta, o Ministério do Interior egípcio emitiu um comunicado aos cidadãos pedindo que eles não sigam as “chamadas maliciosas” que “pretendem propagar o caos e a instabilidade” no país. Mais cedo, o primeiro-ministro Kamal Ganzouri foi ao Parlamento e assumiu a responsabilidade política pelo massacre no jogo de futebol em Port Said. Ele disse ainda que está disposto a prestar contas se for solicitado. “Vou cumprir qualquer instrução de pedido de explicação sobre o ocorrido, porque sei que sou responsável politicamente”, declarou Ganzouri.

O premiê informou que destituiu o chefe dos serviços de Inteligência e de Segurança da cidade de Port Said e o presidente da Federação de Futebol Egípcia, e aceitou a renúncia do governador de Port Said. Durante a sessão no Parlamento, o presidente da Câmara Baixa, Saad Katatni – integrante da Irmandade Muçulmana – afirmou que a tragédia ocorreu por causa da “deficiência” e “negligência” dos agentes de segurança. Além disso, deputados pediram a renúncia do ministro do Interior, Mohammed Ibrahim.

Continua após a publicidade

Leia também:

Leia também: Joseph Blatter cobra explicações da Federação do Egito

Polícia lançou bombas de gás lacrimogênio para dispersar manifestantes
Polícia lançou bombas de gás lacrimogênio para dispersar manifestantes (VEJA)
Continua após a publicidade

(Com agência EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.