Presidente do Chade confirma morte de chefe da Al Qaeda
Idriss Deby Itno afirma que terrorista foi morto em confronto no último dia 22
O principal chefe da Al Qaeda no Mali, Abou Zeid, foi morto em confronto com as forças comandadas pela França, afirmou o presidente do Chade, Idriss Deby Itno, nesta sexta-feira. Jornais na Argélia, terra-natal de Zeid, haviam informado sobre a morte de Zeid, principal chefe da Al Qaeda magrebina.
Entenda o caso
- • No início de 2012, militantes treinados na Líbia impulsionam uma grande revolta dos tuaregues no norte do Mali. Em março, o governo sofre um golpe de estado.
- • Grupos salafistas, com apoio da Al Qaeda, aproveitam o vácuo de poder para tomar o norte do país – onde impõem um sistema baseado nas leis islâmicas da ‘sharia’.
- • Em janeiro de 2013, rebeldes armados, com ideais bastante heterogêneos, iniciam uma ofensiva em direção ao sul do Mali, e o presidente interino, Dioncounda Traoré, pede socorro à França.
- • Com o aval das Nações Unidas, François Hollande envia tropas francesas e dá início a operações aéreas contra os salafistas, numa declarada guerra contra o terrorismo.
“No dia 22 de fevereiro, nós perdemos diversos soldados nas montanhas de Ifogha depois de destruir a base dos jihadistas”, disse Deby Itno. “As forças do Chade mataram dois líderes jihadistas, incluindo Abou Zeid”, acrescentou, em declarações dadas durante o funeral de soldados mortos no conflito.
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Segundo o jornal argelino El Khabar, autoridades do país estão comparando amostras de DNA retiradas de dois parentes do terrorista com amostras extraídas do corpo que se acredita ser de Zeid, disponibilizadas pelo exército francês. O governo da França reagiu com cautela à informação, dizendo que a morte não estava confirmada até o momento.
Se confirmada, a morte de Zeid pode representar a maior vitória para a França que, em janeiro, resolveu intervir no Mali para combater o avanço de grupos terroristas islâmicos no norte do país. Ele é apontado como responsável pela execução de pelomenos dois reféns ocidentais em 2009 e 2010 e acredita-se que sua unidade teria outros seis reféns em seu poder. O terrorista também teria uma rede de contatos na região que possibilitava o recrutamento em vários países.
Tropas – Cerca de 25 soldados do Chade foram mortos em confrontos na última semana, o que levou o presidente a solicitar a assistência de outros países africanos no combate, informou o jornal The New York Times. Apesar de outros países terem tropas no Mali, a maior parte está longe das áreas de conflito.
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(Com agência France-Presse)