Petraeus nega ter passado informações secretas à amante
Em depoimento para jornalista, ex-comandante da CIA afirmou que sua saída não está ligada ao ataque contra a embaixada na Líbia, em setembro
Em conversas com a jornalista Kyra Phillips, da rede americana HLN, o ex-chefe da CIA, David Petraeus, negou ter passado informações secretas da agência para sua amante, a escritora Paula Broadwell. Em declarações feitas no final de outubro ao FBI, Petraeus já havia rejeitado qualquer violação das normas de segurança sobre documentos secretos.
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No depoimento a Phillips, Petraeus também afirmou que sua renúncia, anunciada na última sexta-feita, foi motivada exclusivamente pelo caso de traição, descartando os rumores de que o afastamento estaria ligado ao ataque contra a embaixada americana em Bengasi.
“Ele me contou que se envolveu em algo desonroso e, em resposta, tentou tomar a atitude correta e abrir o jogo. Ele foi bem claro admitindo que tinha estragado tudo — e que a culpa era toda dele — mesmo sentindo que tinha uma esposa bem melhor do que merecia”, relatou a jornalista em um dos programas da HLN. Entre outras coisas, Petraeus contou para Phillips que o caso extraconjugal chegou ao fim há alguns meses e que ele não fala com a ex-amante desde quando o escândalo se tornou público.
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CIA abre investigação – Na quinta-feira, a CIA anunciou que abriu uma investigação interna para apurar as circunstâncias que levaram à saída de Petraeus. A agência pretende descobrir se “há lições a serem aprendidas” com o caso. O FBI e o Pentágono já iniciaram suas próprias investigações.
O ex-comandante da CIA deve se apresentar ao Congresso nesta sexta-feira para prestar esclarecimentos a uma comissão parlamentar que investiga os ataques que resultaram na morte do embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, em setembro deste ano.