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Papa diz que grande pecado do homem é querer ocupar lugar de Deus

Por Da Redação
25 dez 2011, 09h40

Juan Lara.

Cidade do Vaticano, 25 dez (EFE).- O papa Bento XVI disse neste domingo que o ‘grande pecado’ dos homens é agir de maneira presunçosa e competir com Deus, ao tentar ocupar seu lugar e decidir o que é bom e o que é ruim.

Diante de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro em uma manhã ensolarada e fria, o pontífice pronunciou a tradicional mensagem de Natal, na qual repassou a situação no mundo e pediu o fim da violência na Síria, ‘onde já se derramou muito sangue’.

Neste dia de Natal, o papa, de 84 anos, afirmou que Jesus veio ao mundo para salvar o homem de todos os tempos.

‘Jesus foi enviado por Deus para nos salvar desse mal profundo, enraizado no homem e na história, que é a separação de Deus, o pretensioso orgulho de agir por si só, tentar competir com Deus e ocupar seu lugar, decidir o que é bom e o que é ruim e ser o dono da vida e da morte’, afirmou.

Bento XVI acrescentou que esse é ‘o grande mal, o grande pecado’, do qual os homens não podem se salvar de outra maneira senão se aproximando de Deus.

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Essa salvação também foi pedida para todas aquelas pessoas que vivem em situações difíceis e para os ‘que não têm voz’.

‘Que o Senhor socorra a humanidade afligida por tantos conflitos que ainda hoje ensanguentam o planeta. Que conceda a paz e a estabilidade à terra (o Oriente Médio) na qual escolheu para entrar no mundo, estimulando o reatamento do diálogo entre israelenses e palestinos’, ressaltou.

Nesse percurso pelo mundo implorou a Deus a cessação da violência na Síria, ‘onde já se derramou muito sangue’, que favoreça a plena reconciliação e a estabilidade no Iraque e no Afeganistão e que dê um renovado vigor à construção do bem comum em todos os setores da sociedade nos países do norte da África e o Oriente Médio.

Bento XVI também pediu auxílio para os povos do Chifre da África, ‘que sofrem pela fome e a carestia, às vezes agravada por um persistente estado de insegurança’ e exortou a comunidade internacional a ajudar os muitos refugiados desta região, ‘tão duramente afetados em sua dignidade’.

O papa implorou consolo para a população do sudeste asiático, especialmente da Tailândia e Filipinas, que se encontram ainda em graves situações devido às recentes inundações.

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Também defendeu o diálogo e a colaboração em Mianmar, a estabilidade política nos países da região africana dos Grandes Lagos e o fortalecimento do compromisso dos habitantes do Sudão do Sul para proteger os direitos de todos.

‘Voltemos nosso olhar à gruta de Belém: o menino que contemplamos é nossa salvação. Ele trouxe ao mundo uma mensagem universal de reconciliação e de paz. Abramos nossos corações a ele e demos as boas-vindas à sua presença em nossas vidas’, afirmou Bento XVI.

A mensagem seguiu a mesma linha da homilia pronunciada na noite passada durante a Missa do Galo, na qual pediu a paz no mundo e implorou a Deus que ‘demonstre seu poder’ e atire ao fogo ‘as varas do opressor, as túnicas cheias de sangue e a botas dos soldados’.

O pontífice avaliou que o Natal se transformou em um uma ‘festa do comércio’, cujas luzes escondem o mistério da humildade de Deus, que nos convida à humildade e à sutileza.

O papa exortou os fiéis a celebrar o Natal renunciando à obsessão ‘pelo que é material, mensurável e tangível’ e pediu por todos aqueles que ‘têm que viver o Natal na pobreza, na dor, na condição de emigrantes, para que apareça diante deles um raio da bondade de Deus’.

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Após a mensagem deste domingo, o papa deu a bênção ‘Urbi et Orbi’ (à Roma e a todo o mundo) em 65 idiomas, entre eles espanhol, português e guarani. EFE

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