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Outras ditaduras se aliam à China para esvaziar o Nobel

Entre os 18 países que não vão à festa, estão Cuba, Irã, Arábia Saudita e Iraque

Por Da Redação
7 dez 2010, 09h58

O diretor do Instituto Nobel, Geir Lundestad, se disse tranquilo: “Basta olhar os números. A grande maioria dos países convidados estará representada”, lembrou ele

O regime ditatorial da China conseguiu transformar um evento que celebra algumas das melhores causas defendidas no planeta – a entrega do Prêmio Nobel da Paz – numa grande confusão diplomática. Como o vencedor do prêmio neste ano é o dissidente chinês Liu Xiaobo, Pequim decidiu pressionar outros países e tentar esvaziar a festa, marcada para a sexta-feira, em Oslo. Conseguiu cancelar muitas presenças – não por coincidência, de países cuja reputação no mundo é das mais lastimáveis. A lista de dezoito nações que não levarão representantes à cerimônia inclui regimes notórios pelo desrespeito aos direitos humanos, como Arábia Saudita, Irã, Afeganistão e Cuba – além de alguns países com democracias sob constante ataque, como Venezuela, Rússia, Paquistão e Afeganistão.

A adesão dos países animou os chineses, que anunciaram nesta sexta-feira que “uma grande maioria” de países não assistirá à cerimônia – o que, por enquanto, parece um grande exagero, já que as presenças canceladas ainda não são tão numerosas assim. De acordo com Jiang Yu, porta-voz do ministério das Relações Exteriores, a China tem o apoio “de mais de 100 países”. “A maior parte da comunidade internacional não estará lá”, garante. Ele também afirmou que a China está “contra qualquer um que interfira nos assuntos judiciários” do país. “Não mudaremos por causa da interferência de alguns palhaços”, acrescenta.

Nas últimas semanas, a China exerceu pressões diretas e indiretas para dissuadir os diplomatas de comparecer. Ainda assim, o diretor do Instituto Nobel, Geir Lundestad, se disse tranquilo em relação à realização da festa. “Basta olhar os números. A grande maioria dos países convidados estará representada”, disse ele. Segundo o Instituto Nobel, 44 embaixadas confirmaram a presença, 19 recusaram o convite por diferentes motivos e duas não responderam ao convite.

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Todos os embaixadores baseados em Oslo são tradicionalmente convidados à cerimônia de entrega do Nobel da Paz, mas muitos países não têm representação diplomática na Noruega. A premiação a Liu, que está detido na China, provocou enorme irritação no governo de Pequim – que chegou a convocar o embaixador norueguês no país para cobrar explicações dele. Um comunicado da chancelaria afirmou que o prêmio ao coautor da Carta 08, um manifesto pedindo reforma política no país comunista, iria “prejudicar as relações sino-norueguesas”. “Ao conceder o prêmio a essa pessoa, o comitê do Nobel violou e blasfemou contra o prêmio”, afirmou a nota.

(Com agência France-Presse)

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