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Oposição egípcia planeja protestos maciços na 3ª feira

Movimento 6 de Abril e seus apoiadores esperam reunir 1 milhão de pessoas

Por Da Redação
31 jan 2011, 09h00

“Queremos fazer com que seja como um Carnaval, com músicas, poesias e espetáculos, tudo centrado em pedir a renúncia de Hosni Mubarak”

O Movimento 6 de Abril, grupo de oposição que iniciou os protestos populares no Egito, convocou para terça-feira manifestações maciças em que espera reunir mais de 1 milhão de pessoas, revelaram fontes da organização. Nesta segunda, a imprensa internacional divulgou que os opositores ao governo de Hosni Mubarak deram início a uma greve geral por tempo indeterminado em todo o país, embora porta-vozes do movimento não confirmem a intenção. A paralisação seria marcada por uma grande marcha na cidade do Cairo, batizada de “caminhada dos milhões”.

A concentração das manifestações de terça-feira deve ocorrer a partir do meio-dia no horário local (8 horas de Brasília) na praça Tahrir, epicentro dos protestos, mas não são descartados outros locais com concentrações de egípcios com o mesmo propósito. “Queremos fazer com que seja como um Carnaval, com músicas, poesias e espetáculos, tudo centrado em pedir a renúncia de Hosni Mubarak”, disse o porta-voz do movimento, que preferiu manter sua identidade preservada.

Levando em consideração que está interrompido o acesso a quase todos os provedores de internet, a difusão desta manifestação será complicada, mas os envolvidos afirmam que buscarão outros meios para fazê-lo. Será realizada nas próximas horas uma reunião para preparar os atos de terça e redigir um comunicado que será distribuído na praça Tahrir. Esse ponto do Cairo, onde diariamente se reúnem milhares de egípcios para pedir o fim do regime, está sob forte proteção das unidades do Exército, embora a polícia esteja presente em outros setores da capital nas últimas horas.

As atividades trabalhistas no Egito foram prejudicadas tanto pelos protestos quanto pelo toque de recolher imposto na sexta-feira à noite, que a partir desta segunda começa às 15 horas (11 horas de Brasília) e se encerra às 8 horas (4 horas de Brasília). O Movimento 6 de Abril é o principal grupo por trás dos protestos públicos contra o regime do presidente Mubarak e conta com o apoio dos Irmãos Muçulmanos e da plataforma política liderada por Mohamed ElBaradei.

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Medidas – Acossado pelo acirramento nas tensões nas ruas e isolado politicamente, Mubarak anunciou na noite do domingo que o novo primeiro-ministro, Ahmed Shafiq, investido às pressas no cargo, será o interlocutor oficial do governo com os líderes da oposição. De acordo com Mubarak, o papel de Shafiq é entabular um diálogo para promover a democracia no país. O presidente do Egito ainda pediu para que a população respeitasse o toque de recolher.

Também no domingo, manifestantes saíram às ruas pelo sexto dia consecutivo, e o Exército ampliou sua presença, com mais soldados e tanques. Dois caças e um helicóptero das Forças Armadas sobrevoaram diversas vezes a praça Tahrir, principal ponto de encontro da oposição, em uma possível demonstração de força do governo. Já os Estados Unidos, que sempre viram no Egito um aliado, afirmaram que desejam uma transição ordenada de poder no país. Pelo menos cem pessoas morreram nos confrontos entre as autoridades e os manifestantes nos últimos seis dias.

(Com agência EFE)

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