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Obama formaliza fim da guerra no Iraque e volta esforços para Afeganistão

Por Da Redação
1 set 2010, 04h52

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, formalizou nesta terça-feira o fim da missão de combate no Iraque, após mais de sete anos de desgaste, e deu atenção à guerra pendente no Afeganistão e à recuperação econômica deste país.

“Esta noite estou anunciando que a missão de combate americana no Iraque terminou. A Operação ‘Liberdade Iraquiana’ terminou e o povo iraquiano tem agora a responsabilidade primordial pela segurança em seu país”, afirmou Obama, no mesmo escritório onde, em março de 2003, seu antecessor, George W. Bush, iniciou a invasão do Iraque.

Durante histórico discurso de 18 minutos no Salão Oval – seu segundo no local desde que assumiu o poder -, Obama disse que é hora de “passar a página” no Iraque, apesar de reconhecer que “a violência não terminará com o fim da missão de combate”.

Obama pediu aos líderes iraquianos para avançarem com “um sentido de urgência” para a formação de um novo Governo nacional que seja “justo, representativo e que preste contas ao povo iraquiano”.

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Entretanto, a precária situação de segurança, a falta de um Governo nacional após as eleições de março, as lutas sectárias e os ataques insurgentes trouxeram críticas que afirmam que a retirada das unidades de combate dos EUA no Iraque foi prematura.

Obama enfatizou que pôr fim à Guerra do Iraque não só beneficia o país árabe, mas também os EUA, que “pagaram um preço muito alto para pôr o futuro do Iraque nas mãos de seu povo”.

Essa guerra, iniciada por Bush pelo fato de o Governo de Saddam Hussein supostamente possuir armas de destruição em massa – que nunca foram encontradas – custou aos EUA cerca de US$ 900 bilhões, deixou mais de 4.400 soldados americanos mortos e dezenas de milhares de feridos.

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Apesar da saída das últimas brigadas de combate no Iraque, os especialistas assinalam que, na prática, ainda há riscos para os pouco menos de 50 mil soldados que permanecerão no país até dezembro de 2011.

Dentro da operação “Novo Amanhecer”, os soldados americanos continuarão a capacitar as Forças de Segurança iraquianas na luta antiterrorista, como parte do contínuo compromisso político do Iraque.

A fase seguinte se centrará nos esforços civis no Iraque, mas o mais provável é que os soldados continuem apoiando as operações para aniquilar a rede terrorista Al Qaeda.

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De fato, Obama disse que os EUA vão derrotar a Al Qaeda e evitarão fazer com que o Afeganistão “volte a servir de base para terroristas”.

No discurso não houve menção do envio adicional de 30 mil soldados ao Iraque ordenado por Bush em 2007, operação à qual Obama se opôs como membro do Senado.

A omissão incomodou líderes da oposição, entre eles o senador republicano John McCain, que ainda nesta terça reiterarou que esse reforço militar foi o que proporcionou as condições para esta retirada.

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Obama, que falou com Bush pela manhã, disse: “Ninguém poderia duvidar do apoio do presidente Bush a nossas tropas, ou de seu amor pelo país e seu compromisso com nossa segurança”.

Também comparou a operação militar no Iraque, ordenada por Bush, com a do Afeganistão. No entanto, assegurou que as tropas adicionais no Afeganistão ficarão no país “por tempo limitado para dar espaço aos afegãos para que fortaleçam sua capacidade e assegurem seu próprio futuro”.

Quase dez anos depois da guerra no Afeganistão, iniciada após os atentados de 11 de setembro de 2001, Obama disse entender o ceticismo em torno da missão militar no país, mas enfatizou que a Al Qaeda “continua conspirando contra o povo americano”, “e seus líderes permanecem ancorados na região fronteiriça entre Afeganistão e Paquistão”.

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Acrescentou que os EUA poderão canalizar os recursos necessários para a ofensiva no Afeganistão, naquela que agora é a guerra mais longa do país desde o conflito no Vietnã.

Consciente de que a economia desponta como o assunto que mais incomoda os americanos visando o pleito do próximo dia 2 de novembro, Obama disse que agora sua “responsabilidade central” é restaurar a saúde da economia americana.

Durante o discurso, Obama deixou claro que cumpriu sua promessa eleitoral, e que agora os EUA devem responder aos desafios em casa “com a mesma energia” que os soldados combateram no exterior.

(com Agência EFE)

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