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Morre na Colômbia o número 1 das Farc, Alfonso Cano

Guerrilheiro foi morto em combate com as forças de segurança, em Cauca, no sudoeste do país. Presidente fez novo apelo para que rebeldes se rendam

Por Da Redação
5 nov 2011, 09h39

O Exército e a polícia da Colômbia anunciaram nesta sexta-feira a morte do comandante das Forças Revolucionárias da Colombia (Farc), Guillermo León Sáenz, conhecido como Alfonso Cano, em uma operação que o governo qualificou como “o maior golpe nesta guerrilha” nos 50 anos de batalha. “Caiu o número um das Farc. É o golpe mais contundente que se deu nesta organização em toda sua história”, afirmou o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, em mensagem à nação em Cartagena de Indias, onde estava quando soube da notícia.

Pouco antes, o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, tinha informado detalhes da operação, chamada Odiseo, e que, segundo explicou, contou com 1.000 homens das forças de segurança do estado. Alfonso Cano, um intelectual proveniente de uma família de classe média de Bogotá, entrou para as Farc há 30 anos e morreu na sexta-feira quando fugia de um bombardeio, na zona rural do departamento de Cauca, no sudoeste da Colômbia.

“Foi uma operação conjunta de bombardeio das Forças Militares e da polícia, na qual caíram alguns membros da estrutura de segurança de Alfonso Cano: o encarregado das comunicações e aparentemente sua companheira”, disse Pinzón. O chefe de segurança do guerilheiro foi capturado. O ministro da Defesa relatou que, após o bombardeio, tropas cercaram a área. “Nesse cerco, entraram em uma situação de combate, de perseguição deste indivíduo e ali caiu Alfonso Cano”, disse.

Cano estava na região de Cauca há dois meses, acompanhado de quatorze guerrilheiros. Quando foi morto, estava sem barba, ao contrário das imagens conhecidas dele até então, barbado e de óculos redondos. No local, as forças de segurança encontraram a carteira, objetos pessoais, documentos e o computador do guerrilheiro. O corpo dele foi levado para Popayán, capital de Cauca.

Apelo – Após a morte do comandante das Farc, o presidente Juan Manuel Santos fez um apelo aos guerilheiros: “Desmobilizem-se, caso contrário, como dissemos tantas vezes e como comprovamos, terminarão ou em uma prisão ou no túmulo.” Analistas apontam que a morte de Cano e de outros quatro dirigentes do grupo desde 2008 minaram a moral das bases guerrilheiras.

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Histórico – Cano era o substituto do chefe e fundador das Farc, Manuel Marulanda, conhecido como Tirofijo, que morreu de infarto em março de 2008. Em setembro de 2010, Jorge Briceno, o Mono Jojoy, número dois das Farc e chefe militar da organização, foi morto pelos militares.

Fundada em 1964 e hoje com cerca de 8.000 combatentes, as Farc perderam ainda nos últimos dois anos Raul Reyes, morto em um ataque aéreo contra o território do Equador, e Ivan Rios, assassinado por outro rebelde. Os dois integravam o comando político das Farc.

(Com Agência France-Presse e EFE)

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