Mau tempo suspende de novo as buscas pelo voo MH370
Previsão é de fortes chuvas e ventos, com visibilidade reduzida no Índico
As operações de busca pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines foram suspensas de novo devido ao mau tempo, informou a Autoridade de Segurança Marítima da Austrália, agência responsável pela procura dos destroços do voo MH370. Isso já havia acontecido há dois dias, quando ondas de 20 a 30 metros de altura tornaram perigoso demais enviar navios ao local de buscas, que está a cerca de 2.500 quilômetros ao sul da cidade de Perth, no litoral australiano. A previsão para esta quinta-feira é de fortes chuvas e ventos, com visibilidade reduzida.
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Todos os aviões e navios que foram para a área no Oceano Índico no início desta quinta já iniciaram o retorno para Perth. O planejamento previa que 11 aviões e cinco navios fossem para a região onde houve, segundo o governo da Malásia, a queda do Boeing 777 que desapareceu em 8 de março durante um voo entre Kuala Lumpur e Pequim, com 239 pessoas a bordo.
Nesta quarta, o governo da Malásia anunciou que imagens de um satélite francês localizaram 122 objetos no Oceano Índico que podem ser da aeronave da Malaysia Airlines. Entre os possíveis destroços capturados nas imagens estão objetos que possuem comprimentos que variam de um a 23 metros. Na avaliação do ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, essas são até agora “as pistas de maior credibilidade” nas buscas pelo avião desaparecido.
Esperança – Enquanto as buscas não apresentam nenhuma informação conclusiva sobre a queda do avião, familiares das 239 pessoas que estavam a bordo seguem alimentando a esperança de que possa haver sobreviventes – mesmo depois de o governo da Malásia ter afirmado o contrário. Os parentes questionaram a constatação de que a aeronave se acidentou no Oceano Índico e chegaram a organizar um protesto contra o governo da Malásia.
“É tudo teoria e análise. Ninguém viu nada”, afirmou Stephen Wang, cuja mãe estava no avião da Malaysia Airlines. “Para mim, enquanto as chances forem de 5% ainda haverá esperança. Mas muitas das famílias não acreditam que notícias ruins possam aparecer. A maioria continua achando que existe esperança”, acrescentou Wang, em entrevista à CNN.
(Com Estadão Conteúdo)