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Kerry cancela viagem a Ramallah e pede moderação

EUA não aprovam a decisão palestina de recorrer à ONU contra os assentamentos judaicos. Negociações de paz seguem paralisadas

Por Da Redação
2 abr 2014, 07h58

O secretário de Estado americano John Kerry cancelou uma viagem a Ramallah, na Cisjordânia, nesta quarta-feira, reporta o New York Times. O ato é uma resposta da diplomacia dos Estados Unidos contra a decisão dos palestinos de recorrer às Nações Unidas (ONU) contra a colonização israelense e pela libertação de presos que Israel prometeu soltar até 29 de março. Em uma coletiva de imprensa, Kerry pediu a israelenses e palestinos “moderação neste processo difícil, carregado de emoção e que requer decisões muito importantes e com difíceis implicações políticas”.

Com as negociações de paz estagnadas, as autoridades palestinas decidiram pedir a adesão a tratados internacionais, conforme anúncio feito por Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP). “Não é um movimento contra os Estados Unidos, nem contra ninguém, é nosso direito ainda adiá-lo durante nove meses”, afirmou Abbas, que expressou, contudo, sua “determinação para chegar a uma solução mediante negociação” com Israel.

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Diante de câmeras de TV, Abbas assinou o pedido de adesão à Quarta Convenção de Genebra, relativa à proteção dos civis em períodos de guerra. Os palestinos consideram que esta convenção é “aplicável tanto aos territórios palestinos quanto aos territórios ocupados” e à colonização. O anúncio de Israel sobre o relançamento de uma licitação para a construção de 708 casas em um bairro de Jerusalém Oriental, ocupada e anexada, provocou a reação palestina.

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Os palestinos querem fazer de Jerusalém Oriental, ocupada e anexada desde 1967, a capital do Estado a que aspiram. Cerca de 200.000 israelenses vivem em bairros de assentamento em Jerusalém Oriental, juntamente com mais de 290.000 palestinos. A comunidade internacional não reconhece a anexação de Jerusalém Oriental e considera os assentamentos nos territórios ocupados como ilegal sob a lei internacional.

Nesta quarta, está prevista uma manifestação de apoio ao presidente palestino na praça central de Ramallah. O deputado palestino Mustafá Barghuti disse que com esta decisão “a direção palestina retomou a batalha nas Nações Unidas contra Israel”. Os palestinos haviam aceitado adiar durante nove meses as negociações do processo de adesão às convenções internacionais e a apresentar ações legais contra Israel.

Nesta terça, o secretário de Estado se reuniu com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Segundo o Washington Post, a reunião teve mais de quatro horas de duração e terminou com uma sinalização de Kerry no sentido de libertar um espião israelense preso nos EUA desde 1985. Segundo o jornal, a libertação de Jonathan Pollard seria um pedido de Israel para retomar as negociações de paz com os palestinos, mediadas pelos americanos.

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