Japão demite três autoridades do setor de energia atômica
Medida é tomada em meio aos escândalos e à desconfiança da opinião pública
O Japão vai demitir três altos funcionários do setor de energia nuclear pela gestão da crise na usina Fukushima e uma série de escândalos que aumentaram a desconfiança da opinião pública a respeito da energia nuclear, anunciou o governo. O primeiro-ministro Naoto Kan se pronunciou recentemente a favor do abandono progressivo da energia nuclear, em benefício das energias renováveis.
Entenda o caso
- • Em 11 de março, um tsunami, que se seguiu a um terremoto de 9 graus de magnitude, devastou o nordeste do Japão, resultando na morte de 15.000 pessoas
- • O desastre natural atingiu a usina nuclear de Fukushima e deu origem à mais grave crise atômica desde Chernobyl, em 1986
- • A partir de então, o mundo todo passou na discutir a real necessidade da energia nuclear, com o temor de que uma nova catástrofe possa colocar o mundo em risco
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Em uma entrevista coletiva, Banri Kaieda, ministro da Economia, Comércio e Indústria, confirmou as informações da imprensa sobre a substituição de seu vice-ministro, do diretor geral da Agência para a Energia e Recursos Naturais e do diretor da Agência de Segurança Nuclear e Industrial. Ele destacou que pretende dar um “novo impulso” ao ministério.
Desde o acidente de 11 de março na central de Fukushima, gravemente afetada por um terremoto e um tsunami no Japão, o ministério virou o centro das críticas pela promoção da indústria nuclear e suas tentativas de manipular a opinião pública. Segundo a imprensa, a Agência de Segurança Nuclear e Industrial pedia às empresas de energia elétrica uma mobilização dos funcionários para que apresentassem perguntas favoráveis à energia atômica nos fóruns abertos ao público.
(Com agência France-Presse)