Irã suspende apedrejamento de mulher condenada por adultério
Autoridades do governo iraniano cedem à pressão internacional e cancelam execução de Shakine Mohammadí Ahstiani
Pressionado por instituições de defesa dos direitos humanos, o governo iraniano anunciou, por meio de sua embaixada em Londres, que cancelará o apedrejamento público de Shakine Mohammadí Ahstiani, condenada por adultério. Ainda assim, pesa sobre a mulher uma sentença de execução.
Desde a Revolução Islâmica, em 1979, as leis iranianas dizem que adúlteros devem ser executados por apedrejamento – enterra-se o corpo do condenado até a altura do pescoço, deixando a cabeça à mostra e à mercê das pedras atiradas pelos populares.
Ahstiani havia sido condenada por supostamente manter relações extraconjungais com o assassino do seu marido. Mas o julgamento foi bastante criticado por órgãos internacionais pela insuficiência de provas e pela dificuldade da ré, que é não fluente em persa, em se comunicar com os juízes.