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Homens armados sequestram o primeiro-ministro da Líbia

Ali Zidan foi levado de um hotel na capital Trípoli. Desde a queda de Muamar Kadafi, em outubro de 2011, governo do país luta contra o poder das milícias

Por Da Redação
10 out 2013, 02h35

O primeiro-ministro da Líbia Ali Zidan foi sequestrado na madrugada desta quinta-feira, na capital Trípoli, por um grupo de homens armados. Em um breve comunicado na internet, o governo do país confirmou o rapto e afirmou que acredita que ex-rebeldes estejam por trás da ação.

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Relatos da imprensa árabe indicam que Ali Zidan foi levado de um hotel onde estava hospedado em Trípoli. Testemunhas ouvidas pela rede americana CNN disseram que nenhum tiro foi disparado durante a ação. Segundo as informações, o grupo teria escoltado o premiê para um comboio de carros que aguardava do lado de fora do hotel.

Horas após o sequestro, uma milícia armada chamada Centro de Operações dos Revolucionários Líbios assumiu a autoria da ação. Citado pela agência Reuters, um dos membros do grupo alegou que o rapto foi motivado pela operação militar americana que capturou um líder da Al Qaeda em território líbio no último sábado – ação que enfureceu militantes islâmicos do país. Apesar de Ali Zidan ter negado que sabia das intenções dos EUA, os rebeldes dizem que premiê tinha conhecimento prévio da operação e o acusam de “corrupção”.

Uma das inúmeras milícias que atuam no país desde a queda de Muamar Kadafi, o grupo tem ligações com o Ministério do Interior, em um exemplo da nociva convivência dos bandos armados com o poder oficial líbio. Esta aproximação levantou suspeitas ainda não descartadas de que a detenção de Ali Zidan poderia ter partido de dentro do próprio governo – ou de, pelo menos, uma parte dele.

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Milícias – Líder de um governo frágil e instável, o muçulmano moderado Ali Zidan ocupa o cargo de primeiro-ministro desde outubro de 2012, quando teve o seu nome aprovado pelo Parlamento do país. Desde a queda de Muamar Kadafi, há dois anos atrás, a Líbia tenta controlar a atuação das milícias armadas, que ajudaram a derrubar o ditador líbio, mas se recusam a abdicar do poder conquistado com a força.

Numerosos, os grupos armados – muitos deles ligados ao extremismo islâmico – controlam partes do país e frequentemente promovem ações para intimidar e sabotar o frágil governo.

Reconstrução – Em uma entrevista para a CNN em setembro, Zidan negou que a reconstrução da Líbia teria fracassado. “Estamos tentando criar um estado, não temos vergonha disso”, disse ele. “O resto do mundo acredita que a Líbia acabou, mas nós fomos destruídos pelo Kadafi por 42 anos, e a destruição continuou ao longo de um ano de guerra civil. E é por causa disso que estamos tentando reconstruir.”

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