Grupo de direitos humanos denuncia massacre em Deraa, na Síria
Estados Unidos e a Itália também condenaram ‘a repressão brutal do governo’
O Centro de Estudos sobre Direitos Humanos de Damasco (DCHRS, na sigla em inglês) acusou o governo da Síria de promover dez dias de massacres contra manifestantes em Deraa, ao sul da capital. A cidade era o centro dos protestos contra o regime do presidente Bashar al-Assad, que já duram sete semanas, até as tropas do regime sitiarem o local.
Em um comunicado intitulado “dez dias de massacres”, a DCHRS disse que unidades do Exército têm perpetrado violações severas aos direitos humanos, caracterizadas como crimes internacionais. O documento afirma que as forças do regime ocuparam a cidade, impedindo os moradores de saírem de suas casas, deixando a população em péssimas condições.
A organização também denuncia ataques das forças do governo. “As forças de segurança continuam seus ataques na cidade, atiradores estão posicionados nos telhados de prédios altos e estão atirando contra qualquer um que se mexa”, diz o documento. “Unidades estão usando armas antiaéreas para atacar bairros populosos”.
Os Estados Unidos e a Itália também condenaram, nesta quinta-feira, o que chamaram de “repressão brutal do governo sírio”. Já o regime alega que os seus alvos são “grupos terroristas” e que o objetivo da missão é “restaurar a segurança, a paz e a estabilidade” no país.
Mais de 500 pessoas morreram e 2.500 foram presas desde o início dos protestos no país. Contudo, grupos de direitos humanos dizem que este número pode ser maior. Apesar de querer evitar a violência, os ativistas convocaram um “Dia do Desafio” para esta sexta-feira na Síria.