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Greve geral na Bolívia tem ataques com dinamite e 100 detidos

Por Da Redação
8 Maio 2013, 21h00

Confrontos entre policiais e manifestantes pelo controle de estradas, ataques com dinamite que destruíram uma ponte e mais de 100 detidos marcaram nesta quarta-feira o terceiro dia da greve geral liderada pela maior central sindical boliviana contra o governo do presidente Evo Morales.

O governo fez um apelo ao diálogo e mostrou flexibilidade apresentando uma nova proposta sobre o valor das aposentadorias, mas a direção sindical exige a presença de Morales nas negociações.

No terceiro dia da greve convocada pela Central Operária Boliviana (COB), a polícia deteve mais de 100 manifestantes que “provocavam a polícia, explodiam bananas de dinamite e destruíam propriedade pública”, informou o ministro do Interior, Carlos Romero.

“Realizamos a prisão de mais de cem pessoas que estavam portando dinamite, lançando materiais pesados, pedras e provocando a polícia” na estrada que une Oruro e Cochabamba (sul-sudeste), revelou Carlos Romero em coletiva de imprensa.

Segundo a mídia boliviana, centenas de mineiros se posicionaram na altura do povoado andino de Caihuasi para bloquear a estrada, mas foram dispersados pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo.

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Além disso, os mineiros “explodiram a ponte que une Caihuasi com Caracollo e a estrutura ficou totalmente intransitável”, revelou o comandante nacional da Polícia, general Alberto Aracena.

O vice-ministro do Interior, Jorge Pérez, informou que a intervenção policial deixou “três civis feridos, dois por contusões e um por explosão de dinamite”.

A polícia apreendeu na terça-feira uma ambulância carregada de explosivos e “um micro-ônibus com grande quantidade de dinamite”, além de outra “ambulância que também, embora não existisse uma importante quantidade de explosivos, estava sendo utilizada para deslocar gente dirigida a provocar violência”, disse Romero.

O ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, voltou a convocar nesta quarta-feira a COB ao diálogo, rejeitado pela liderança, que ameaçou estender o protesto às cidades.

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“As medidas de pressão se mantêm, os pontos de bloqueio se mantêm. A unidade dos trabalhadores está fortalecida”, disse Juan Carlos Trujillo, líder máximo da COB, que destacou que a liderança sindical se reunirá apenas com o presidente Morales.

O ministro do Trabalho, Daniel Santalla, descartou que possa haver “alguma reunião com o presidente Morales ou seu vice-presidente” e censurou os que “não querem negociar com outras autoridades”.

Os sindicatos exigem que as aposentadorias tenham o mesmo valor que os salários pagos aos trabalhadores na ativa, o que segundo o ministro da Fazenda, Luis Arce, afundaria o sistema de previdência social a longo prazo.

(Com agência AFP)

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