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Forças de Kadafi lançam bombas de fragmentação sobre civis

Bombardeio foi um tentativa de tomar o porto de Misrata

Por Da Redação
15 abr 2011, 19h36

As tropas leais ao ditador da Líbia Muamar Kadafi cercaram a cidade rebelde de Misrata nesta quinta-feira e atacaram civis com artilharia pesada, inclusive com bombas de fragmentação. Esse tipo de bomba, que contém explosivos em seu interior, é projetada para causar o maior número possível de baixas e já foi banida de boa parte do mundo devido ao seu poder de destruição, já que o alvo não pode ser precisamente determinado.

“É injusto que a Líbia esteja usando essas armas indiscriminadas, especialmente em áreas civis populosas”, disse Steve Goose, diretor da divisão de armas da organização americana Human Rights Watch, ao jornal The New York Times. “Bombas de fragmentação são imprecisas e incertas, e, por sua natureza, colocam civis em inaceitável perigo”, afirmou. A organização classifica a situação da Líbia como “catastrófica”.

E essa não é a única artilharia pesada utilizada pelas forças de Kadafi. Na noite de quinta-feira foi lançada uma “chuva de mísseis” sobre Misrata. “Isso é uma tragédia humana”, disse Ali Salem, 40 anos, residente da região de Qasr Ahmed, próxima ao porto de Misrata ao The New York Times. “Do que mais você pode chamar isso, quando eles bombardeiam com artilharia pesada e foguetes pessoas que estão dormindo a salvo em suas casas?”, afirmou. Um dos mísseis que atingiu essa região explodiu ao lado de uma fila em que civis esperavam por comida, matando vários deles.

Confrontos – Nesta sexta-feira, os rebeldes entraram em conflito com as forças de Kadafi, que iniciaram na quinta-feira bombardeios pesados sobre Misrata. De acordo com rebeldes, os disparos ocorreram perto da rua de Trípoli, a principal da cidade. “Queremos que a Otan ataque a rua de Trípoli, aqui não há civis”, disse um insurgente à agência France-Presse. “Kadafi tentou tomar o porto. Se se apoderar do porto, então será o fim”, estimou por sua vez Mohamed al Wakohi, um morador da cidade. O porto de Misrata é o único ponto de acesso à cidade, e permite o transporte de comida, medicamento e armas para os insurgentes.

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OTAN – O uso desse tipo de armamento pode reforçar a campanha da OTAN de proteger civis dos ataques do regime de Kadafi. Nesta sexta-feira, a Grã-Bretanha, a França e os Estados Unidos classificaram a saída do presidente como algo fundamental para o futuro da Líbia. Em artigo publicado em quatro jornais, David Cameron, Nicolas Sarkozy e Barack Obama afirmaram: “Não se trata de expulsar Kadafi pela força. (…) Mas é impensável que alguém que tenha tentado massacrar seu povo mantenha um papel no futuro governo líbio”.

(Com agência France-Presse)

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