As forças leais ao novo governo líbio lançaram na noite deste sábado uma ofensiva contra a cidade de Bani Walid para tentar assumir o controle de um dos últimos bastiões do coronel Muamar Kadhafi.
Os combates começaram em Bani Walid, um oásis 180 km a sudeste de Trípoli, apesar do prazo dado pelo novo governo aos partidários de Kadhafi para entregar as armas até 10 de setembro, revelaram testemunhas.
Alguns moradores de Bani Walid explicaram que o local parece uma cidade fantasma, com todo o comércio fechado e sem o fornecimento de gás e gasolina.
Segundo os mesmos moradores, o combatentes pró-Kadhafi fugiram para as montanhas levando armamento pesado.
“Entramos em Bani Walid. Vamos combatê-los”, declarou Mahmud Abdelaziz, porta-voz do Conselho Nacional de Transição (CNT), a nova autoridade política da Líbia, de um posto de controle em Chichan, a uma dezena de quilômetros do bastião “kadhafista”.
Os jornalistas da AFP observaram mais de dez caminhões equipados com metralhadoras pesadas e lança-foguetes seguindo para Bani Walid.
“Há combates” na zona de Bani Walid, admitiu o comandante Usama Ghazi, que seguia para a cidade.
Vários dirigentes do CNT anunciaram nos últimos dias que Kadhafi, cujo paradeiro é desconhecido, poderia estar em Bani Walid, mas segundo combatentes na região, o ditador líbio não se encontra na zona.
Os mesmos combatentes estimaram que alguns dirigentes “kadhafistas” podem estar na cidade, como Saadi, filho do ditador.
Outro filho de Kadhafi, Saif al Islam, “esteve há dois em Bani Walid”, mas depois fugiu e seu paradeiro agora é desconhecido, revelou outro dirigente do CNT, Abdulrazak Naduri.