Explosões no centro de Alepo deixam dezenas de mortos
Atentados com carros-bomba mataram 48 pessoas, segundo autoridades sírias
Três grandes explosões na principal praça de Alepo, centro financeiro da Síria e 2ª maior cidade do país, deixaram ao menos 48 mortos e 100 de feridos nesta quarta-feira, segundo autoridades sírias citadas pela rede BBC. De acordo com grupos de oposição ao ditador Bashar Assad, os explosivos detonados por carros-bomba atingiram principalmente militares – o local do atentado, a praça Saadallah al Jabari, fica perto da sede do Clube dos Oficiais na cidade.
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Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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O número oficial de mortos e feridos confirmado pela TV estatal mais cedo era de 27 mortos e 72 feridos, enquanto o Observatório Sírio de Direitos Humanos, organização opositora sediada em Londres, calculava que pelo menos 40 pessoas morreram no ataque, organizado por “terroristas”, segundo a TV síria.
Em comunicado, o grupo opositor destacou que antes das explosões houve enfrentamentos entre rebeldes e guardas do Clube dos Oficiais. Ativistas rebeldes negaram a autoria do ataque e culparam militantes islamitas infiltrados pelo governo.
Campo de batalha – Há meses, Alepo é um dos principais cenários da guerra civil síria, cujos conflitos já duram um ano e meio. A cidade está dividida em duas: a parte oeste é controlada por forças leais a Assad, enquanto a leste é dominada por combatentes do Exército Livre Sírio (ELS).
Segundo Tayer al Halabi, um ativista da oposição ouvido pela agência EFE, a praça onde ocorreu o ataque é uma das bases de operações das forças do regime. O ativista acrescentou que algumas das explosões atingiram postos de controle no local, onde, segundo ele, havia milicianos iranianos que apoiam as autoridades sírias.
Segundo a oposição ao ditador, mais de 30.000 pessoas morreram desde o início dos protestos contra Assad, em março do ano passado.
(Com agências EFE e Reuters)