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Ex-prefeito de Nova Orleans é sentenciado a 10 anos de prisão por corrupção

Ray Nagin foi considerado culpado por aceitar propina de empresários no período de reconstrução da cidade após a passagem do furacão Katrina

Por Da Redação
9 jul 2014, 19h12

O ex-prefeito de Nova Orleans Ray Nagin foi sentenciado nesta quarta-feira a dez anos de prisão por corrupção durante os anos críticos de reconstrução da cidade, destruída em 2005 pelo furacão Katrina. Ele também terá de restituir 84.000 dólares (186.000 reais) ao Fisco. O democrata havia sido condenado em fevereiro por um júri que o considerou culpado de vinte crimes, dentre os quais recebimento de suborno, lavagem de dinheiro e fraude. A juíza Helen Ginger Berrigan afirmou que o ex-prefeito poderia ter recebido uma sentença de até vinte anos de prisão, mas citou a devoção do político à família e seu comprometimento em ajudar a cidade como fatores que levaram à redução da pena recomendada pelas leis federais.

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Nagin deverá começar a cumprir pena a partir de 8 setembro. Se tiver bom comportamento atrás das grades, poderá tentar sair da prisão depois de oito anos e meio. A promotoria afirmou ao longo dos dez dias de julgamento que o ex-prefeito aceitou meio milhão de dólares em suborno, caronas em jatinhos e participações em festas suntuosas de empresários contratados pela prefeitura em seu mandato para vários projetos, incluindo obras de reconstrução da cidade. Os promotores comemoraram o resultado do julgamento, apesar de terem defendido uma pena mais dura. “Nagin vendeu o seu mandato”, disse o promotor Matthew Coman.

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Antigo executivo de um canal de TV a cabo, o democrata governou Nova Orleans durante dois mandatos, entre 2002 e 2010, e nunca admitiu ter recebido propina. Em um breve comunicado no tribunal, o ex-prefeito limitou-se a agradecer a juíza pelo profissionalismo. Depois da condenação, em fevereiro, sua defesa afirmou que pretendia recorrer da decisão.

Nagin, que atualmente vive em Frisco, no Texas, deixou a prefeitura sob rejeição ampla, por causa de sua inépcia perante a catástrofe e das acusações de corrupção. O furacão Katrina, com ventos de mais de 235 quilômetros por hora, varreu casas, escolas e hospitais no dia 29 de agosto de 2005. O desastre foi sucedido pela queda das barreiras do Rio Mississippi, que alagou 80% da cidade e deixou um saldo de mais de 1.500 mortos e dezenas de milhares de desabrigados.

Logo depois da tempestade, o então prefeito, irritado, deu entrevistas culpando as autoridades federais por não ajudarem a cidade. O governo federal demorou para dar assistência às vítimas, mas Nagin também teve sua parcela de responsabilidade porque foi incapaz de organizar um plano para evacuar totalmente Nova Orleans antes da chegada do furacão.

(Com agência Reuters)

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