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Estado de Israel não é produto do Holocausto, diz Obama

Declaração, aguardada há quatro anos pelos israelenses, foi feita durante visita ao Memorial do Holocausto. Negociações de paz com a Palestina voltam à pauta do dia, em reunião que ele terá com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu

Por Da Redação
22 mar 2013, 08h32

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira que a criação do Estado de Israel, em 1948, não foi produto do Holocausto, declaração que desfaz um mal-estar de quatro anos.

“O Estado de Israel não foi criado devido ao Holocausto”, afirmou Obama, logo após concluir uma visita ao Museu Yad Vashem, o Memorial do Holocausto. O local guarda a lembrança dos seis milhões de judeus que morreram nas mãos dos nazistas antes e durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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A afirmação, a princípio irrelevante, era esperada por israelenses desde 4 de junho de 2009 – ocasião em que Obama, já eleito, durante um discurso ao mundo árabe no Cairo, no Egito, pareceu argumentar que a legitimidade do estado judeu deriva do Holocausto. O constrangimento acabou se agravando porque, na época, o presidente americano não estendeu a visita a Israel.

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Muitos interpretaram o comentário de Obama como uma equivocada tentativa de estabelecer relação direta entre os dois episódios históricos. Causou indignação entre israelenses, para quem a afirmação respaldava a tese palestina de que os judeus estão em uma terra que não lhes pertence e com a qual não têm nenhum vínculo histórico. A conclusão retiraria o direito de existência de Israel como estado judeu.

Ódio – Ainda durante a visita desta sexta-feira ao memorial, Obama afirmou que ‘”um estado de Israel forte” é o que garante precisamente que “não se produzirá outro Holocausto”. Em sua primeira visita ao museu como presidente, e segunda em caráter pessoal, o presidente ressaltou que o anti-semitismo e o racismo em geral “não têm cabimento no mundo, porque nossos filhos não nasceram para odiar”.

“Aqui lembramos não apenas a maldade a que pode chegar o ser humano, mas também sua bondade, como daqueles que não ficaram à margem (e salvaram judeus)”, disse, sobre a instituição. “É um relato da atrocidade, mas também um lugar de inspiração”.

Acompanhado pelo presidente israelense, Shimon Peres, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Obama começou o percurso na Sala dos Nomes, um espaço circular coberto que em suas paredes têm fotografias e biografias de vítimas do Holocausto.

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Medalha – Obama, que ontem foi condecorado por Israel com sua máxima distinção, a medalha presidencial, visitou antes os túmulos do ideólogo do Estado judeu, Teodoro Herzl, e do primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin, assassinado em 1995, situados em uma colina em frente ao Museu Yad Vashem

O mandatário terá, ainda nesta sexta, uma nova reunião com o primeiro-ministro israelense, na qual apresentará as posições do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, sobre um possível reatamento das negociações de paz.

Obama e Abbas se reuniram ontem em Ramala para sondar as perspectivas da aplicação da solução de dois Estados, que Obama defendeu como a ‘única possível’.

(Com agência EFE)

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