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Empréstimo do FMI ao Egito é adiado devido à crise no país

Presidente suspendeu aumento de impostos que estava previsto e defendeu diálogo sobre a medida. Recuo ocorre em meio a grave crise política no país

Por Da Redação
11 dez 2012, 13h46

Um empréstimo de 4,8 bilhões de dólares que o Fundo Monetário Internacional (FMI) havia acordado com o Egito foi adiado para o próximo mês, após a intensificação da crise política que assola a segunda nação mais populosa do mundo árabe. Enquanto facções rivais se reúnem no Cairo e em Alexandria para uma nova onda de manifestações, o ministro das Finanças, Mumtaz Said, afirmou que o atraso visa dar tempo para que seja explicado ao povo egípcio o criticado pacote de medidas de austeridade econômica.

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O anúncio foi feito depois que o presidente Mohamed Mursi voltou atrás na sua decisão de aumentar os impostos no país e ordenou que o governo organizasse um “diálogo social” sobre as medidas antes de sua implementação. A medida também foi uma forma de evitar mais problemas políticos, em meio a uma grave crise que tem levado milhares de manifestantes às ruas para protestar contra o governo.

Em agosto deste ano, o Egito pediu apoio financeiro ao FMI para sustentar seu período de transição política. Foi solicitado um empréstimo de 4,8 bilhões de dólares ao FMI, acima dos 3,2 bilhões inicialmente pensados. O financiamento foi provisoriamente acordado no dia 20 de novembro.

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O Egito enfrenta uma grave crise financeira que ameaça solapar a transição democrática e representa um desafio enorme para os islamitas que recentemente chegaram ao poder. Com dívidas, crescimento econômico desprezível e reservas externas minguantes, o governo encara escolhas difíceis, como a quase inevitável desvalorização da moeda egípcia – que leva a uma alta dos preços dos alimentos e outros produtos. A Irmandade Muçulmana reconhece a situação como um teste de sua capacidade de governar.

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Conflitos – Nesta terça, mais uma vez, partidários e adversários do presidente fizeram protestos nas ruas do Cairo. De um lado, os islamitas, que apoiam o referendo sobre a nova Constituição, marcado para o próximo dia 15. Do outro, os liberais que exigem a anulação da consulta eleitoral, por considerarem o texto constitucional ilegítimo, por ter sido aprovado mesmo com o boicote da oposição laica.

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Os protestos se intensificaram depois do dia 22 de novembro, quando foi anunciado um decreto presidencial ampliando os poderes de Mursi. Na quarta-feira passada, os confrontos entre partidários e adversários do presidente deixaram sete mortos na capital.

O decreto acabou sendo anulado no último sábado, mas não o referendo, o que manteve a insatisfação popular. Nos protestos, também são feitos pedidos de renúncia do presidente.

Na segunda-feira, Mursi concedeu poderes policiais ao Exército, incluindo o direito de prender civis, até o anúncio do resultado do referendo constitucional. A prerrogativa de prender civis foi muito criticada durante o período em que os militares governaram o país após a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, e até a eleição de Mursi, em junho de 2012.

Desde a última semana, os tanques e as forças militares estão mobilizados nos arredores do palácio presidencial no Cairo, que virou ponto de concentração de manifestantes. Mas ainda não houve nenhuma ação contra os manifestantes.

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