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El-Baradei toma posse como vice-presidente do Egito

Presidente deposto em golpe militar é interrogado sobre fuga de prisão em 2011

Por Da Redação
14 jul 2013, 12h15

O líder da oposição egípcia e Nobel da Paz Mohamed El-Baradei tomou posse neste domingo como vice-presidente encarregado das Relações Internacionais do Egito, um passo importante para estabelecer o governo temporário após o golpe militar e até a realização de novas eleições.

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Entenda o caso

  1. • Na onda das revoltas árabes, egípcios iniciaram, em janeiro de 2011, uma série de protestos exigindo a saída do ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder. Ele renunciou no dia 11 de fevereiro.
  2. • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em confronto com as forças de segurança de Mubarak, que foi condenado à prisão perpétua acusado de ordenar os assassinatos.
  3. • Uma Junta Militar assumiu o poder logo após a queda do ditador e até a posse de Mohamed Mursi, eleito em junho de 2012.
  4. • Membro da organização radical islâmica Irmandade Muçulmana, Mursi ampliou os próprios poderes e acelerou a aprovação de uma Constituição de viés autoritário.
  5. • Opositores foram às ruas protestar contra o governo e pedir a renúncia de Mursi, que não conseguiu trazer estabilidade ao país nem resolver a grave crise econômica.
  6. • O Exército derrubou o presidente no dia 3 de julho, e anunciou a formação de um governo de transição.

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O primeiro-ministro interino, Hazem al-Beblawi, deve se reunir neste domingo com possíveis membros de seu gabinete para anunciar na segunda ou terça-feira a formação de um novo governo. Nabil Fahmy, ex-embaixador egípcio para os Estados Unidos, já aceitou o cargo de ministro das Relações Exteriores, segundo a rede americana CNN.

O novo poder Executivo terá 30 membros, segundo Beblawi. Ele afirma que suas prioridades serão restaurar a segurança, garantir o fornecimento de bens e serviços e preparar eleições legislativas e presidenciais. Segundo fontes oficiais citadas pela agência estatal Mena, o ministro do Interior, Mohamed Ibrahim e o da Defesa, o general Abdel Fatah al-Sissi, que anunciou a derrubada de Mursi, devem permanecer em seus respectivos cargos.

Investigação – Enquanto isso, a justiça egípcia começou a interrogar neste domingo o presidente deposto Mohamed Mursi e outros membros da Irmandade Muçulmana sobre as circunstâncias da sua fuga da prisão durante a revolta de 2011, informaram fontes judiciais.

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A investigação é uma resposta às acusações de que Mursi e outros altos funcionários escaparam da prisão de Wadi Natrun (noroeste do Cairo), durante a revolta de janeiro de 2011 contra Hosni Mubarak, e pretende apurar se a Irmandade teve a ajuda de grupos estrangeiros, como o Hezbollah libanês ou o Hamas palestino.

O interrogatório do presidente islamita deposto por um golpe militar em 3 de julho acontece em um local secreto. No sábado, fontes judiciais informaram que o novo procurador-geral analisava queixas contra Mohamed Mursi e a Irmandade Muçulmana por “espionagem”, “incitação ao assassinato de manifestantes” e “má gestão econômica”.

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(Com agência France-Presse)

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