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Dinamarca suspende ajuda humanitária ao Egito após massacre

O governo dinamarquês condenou o “revés na democracia” após a morte de 525 pessoas

Por Da Redação
15 ago 2013, 09h58

O governo da Dinamarca anunciou nesta quinta-feira que suspenderá os dois programas de ajuda humanitária que mantinha no Egito, depois do massacre que resultou em mais de 500 mortes e quase 4 000 feridos na cidade do Cairo. Segundo o jornal local Berlingske, o pacote de 5,3 milhões de dólares destinado ao país será bloqueado até o governo controlar a situação. “A Dinamarca tem dois projetos de colaboração direta com o governo egípcio e as instituições públicas. E, a partir de agoram, eles serão suspensos. Esta é uma resposta aos eventos sangrentos e ao lamentável revés que o desenvolvimento da democracia sofreu”, disse o ministro da Cooperação para o desenvolvimento, Christian Friis Bach.

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O secretário de estado americano John Kerry se pronunciou após o massacre de quarta-feira e classificou a ação da polícia egípcia de “deplorável”. Ele também fez um alerta sobre as implicações negativas que o banho de sangue teria para as aspirações democráticas do país. “Exigimos que o governo respeite os direitos de livre expressão e resolva esta situação de forma pacífica. Não haverá solução após uma polarização. Este é um momento crucial para o Egito. O caminho através da violência só levará a uma grande instabilidade. O mundo está olhando para o Egito e está muito preocupado”.

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Europa – Os governos de Alemanha e França também demonstraram suas preocupações com as operações policiais respaldadas pelo governo egípcio. O ministro das relações exteriores alemão, Guido Westerwelle, e o presidente francês, François Hollande, convocaram os embaixadores do Egito em Berlim e Paris com o objetivo de pressionar as autoridades locais a colocar um fim nos distúrbios que se espalharam pela nação. “O chefe de estado adverte que todas as medidas devem ser tomadas para evitar uma guerra civil. Libertar prisioneiros, respeitando os procedimentos legais, seria o primeiro passo para se reestabelecer conversas”, disse um comunicado divulgado pela presidência francesa.

Já o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou o Ocidente de ignorar a caótica situação do Egito. “Aqueles que continuam em silêncio diante deste massacre são tão culpados quanto aqueles que o realizaram. O Conselho de Segurança da ONU deve reunir-se rapidamente”, disse o premiê. Erdogan se notabilizou após autorizar a polícia a usar de extrema truculência para reprimir os recentes protestos que se arrastaram por semanas na Turquia.

Irmandade Muçulmana – A agência estatal de notícias do Egito informou que 84 pessoas – incluindo membros da Irmandade Muçulmana – serão julgadas por promotores militares da cidade de Suez por assassinato e incendiar igrejas. O grupo fundamentalista também convocou novos protestos contra o Exército e centenas de apoiadores já foram para as ruas de Alexandria com fotos de Mursi. Segundo a Reuters, o judiciário egípcio decidiu estender a prisão preventiva do presidente deposto Mohamed Mursi por mais trinta dias. Ele está detido em um local desconhecido e enfrenta acusações de espionagem e assassinato.

(Com agências Reuters e EFE)

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