Rio de Janeiro, 5 nov (EFE).- Um funcionário do Ministério do Trabalho foi demitido e a Polícia Federal convocada para abrir uma investigação após a divulgação de denúncias que podem causar um novo escândalo de corrupção no governo.
O ministro do Trabalho e presidente do PDT, Carlos Lupi, informou em comunicado que determinou o afastamento do coordenador geral de qualificação do Ministério, Anderson Alexandre dos Santos, apontado como responsável por um esquema de desvio de recursos, segundo uma matéria publicada na revista ‘Veja’.
O ministro informou igualmente que pediu à Polícia Federal que investigue todas as denúncias. De acordo com o semanário, o esquema usava convênios assinados pelo Ministério do Trabalho com ONG’s para desviar recursos públicos. Lupi disse também que o ministério abrirá uma investigação administrativa interna para averiguar a veracidade dos fatos.
As irregularidades denunciadas são semelhantes às acusações que provocaram a queda do ministro do Esporte, Orlando Silva, e do Turismo, Pedro Novais.
Nos três casos, as pastas firmaram convênios com ONG’s por serviços que não foram prestados. Segundo ‘Veja’, Anderson dos Santos cobrava propinas para prolongar as parcerias com as ONG’s.
Em declarações à Agência Brasil, o ministro qualificou a reportagem de ‘Veja’ como uma ‘denúncia vazia’, feita por ‘pessoas que se escondem no anonimato’ e afirmou que o PDT ‘nunca tolerou esse tipo de irregularidades’.
‘Se há alguém usando a estrutura do Ministério para desviar dinheiro público, que seja devidamente identificado e responda por seus atos. Mas é necessário que as provas apareçam’, disse o líder do partido. EFE